Para apresentar os hábitos noturnos dos animais, a Prefeitura, por meio da Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente), equipe do Zoológico Municipal de Piracicaba e do NEA (Núcleo de Educação Ambiental), realizou ontem, 3/08, uma visita guiada no Zoológico durante a noite. Participaram da atividade, gratuita, cerca de 40 pessoas, que em aproximadamente 2h30min puderam ver como diversas espécies animais se comportam sob a luz do luar.

Tamanduás-bandeiras foram observados em visita noturna no zoológico

Antes do início do percurso pelo Zoo, os visitantes, acomodados no quiosque da Educação Ambiental, receberam da educadora ambiental Laís Ferraz de Camargo informações sobre a história do Zoológico, inaugurado em 1º de agosto de 1971, portanto, há 51 anos. E no mesmo espaço foi montada uma linha do tempo com fotos-legendas a respeito da criação dos zoológicos no mundo, abordando o tráfico de animais silvestres, circo com animais e os animais como fonte de alimento.

Laís explicou, ainda, quais são os pilares de funcionamento do Zoológico. “São três principais atividades que norteiam o funcionamento do zoo, que são a conservação de espécies, pesquisas científicas e educação ambiental”, disse.

Educadora ambiental Laís Ferraz de Camargo realizou dinâmica de integração com os participantes

Em seguida, foi realizada uma dinâmica de integração entre os participantes e, na sequência, iniciada a visita pelo Zoológico, junto da bióloga Paula Cendrowicz de Souza Matias. Durante o percurso, os visitantes puderam observar aves, répteis, felinos e mamíferos em seus recintos e, ainda, a interação deles com as atividades de enriquecimento ambiental preparadas pela equipe do Zoo.

“Essas atividades de enriquecimento ambiental acontecem todos os dias com os animais e são planejadas conforme o objetivo que se tem com cada bicho. Há atividades para reabilitação, para emagrecimento e também para aliviar o estresse da vivência em cativeiro”, explicou a bióloga.

Cobras também puderam ser vistas pelos participantes da visita noturna

Algumas das espécies que puderam ser vistas durante a visitação noturna foram urubu-rei, quati, tamanduá-bandeira, onça-pintada, gato-do-mato, macaco-prego, cobras e tigres. As atividades de enriquecimento ambiental realizadas nesta noite constituíram-se, principalmente, em camuflar os alimentos para que os animais fossem estimulados a procurar a própria refeição. Os macacos-pregos, por exemplo, foram instigados a puxar saquinhos com pipoca pendurados no próprio recinto e os tigres tiveram de retirar as folhas de bananeira que escondiam a carne deixada na jaula.

Ao longo do percurso, a bióloga Paula comentou que os tigres do Zoológico Municipal de Piracicaba, denominados Yuri e Dara, comem de 6 a 11 quilos de carne por dia, são irmãos e têm quatro anos de idade. Ela também contou que para a alimentação do tamanduá-bandeira adulto do Zoo é preparada uma papa pastosa, com carne, couve, legumes e banana, já que o deslocamento dele pelo local para caçar formigas é inviável. Letícia Groppo e o filho Gabriel viram exposição com fotos sobre a história do zoológico no mundo

APROVAÇÃO – Empolgado com a visitação noturna, o estudante Gabriel Groppo de Marco, 13, participou da atividade acompanhado da mãe, a auxiliar-administrativo Letícia Groppo, 38. “Antes da pandemia da Covid-19, eu visitava com muita frequência o Zoológico, porque me interesso muito pelos animais. Inclusive, quero ser biólogo marinho ou cientista químico quando crescer. Amei a ideia de visitar o Zoológico à noite, porque não sabemos como os animais agem neste período”, falou Gabriel. “Quando fiquei sabendo dessa visita noturna, já me inscrevi e inscrevi meu filho, porque sabia que ele ia topar na hora”, contou Letícia.

Professora de educação infantil Maria das Dores de Lima saiu de São Pedro para participar da visitação noturna

A professora de educação infantil Maria das Dores de Lima, 45, outra participante da visitação, disse que fez questão de se deslocar de São Pedro, onde mora, para estar na atividade. “Sempre morei em sítio e tive muita convivência com animais. Quando fiquei sabendo da visita, fiquei curiosa, então quis participar para depois contar aos meus alunos o que os animais fazem à noite. Vou mostrar para eles alguns vídeos que gravei nos lugares autorizados, sem atrapalhar os animais com as luzes da tela, conforme as orientações que recebemos da bióloga antes de iniciar a visita”, comentou.