A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural, homenageou o maestro Ernst Mahle ontem (dia 27) à noite, quando ele imortalizou suas mãos, gravando-as no cimento do Mural da Fama do Teatro Municipal. A cerimônia ocorreu minutos antes da segunda apresentação da ópera “O Garatuja”. “Estou muito feliz com esta homenagem, pois a recebo em vida. Muitos artistas só são lembrados depois de mortos”, disse Mahle.
“O Garatuja” é a terceira ópera composta pelo maestro alemão Ernst Mahle que escolheu Piracicaba como sua terra. A estréia e a segunda noite de apresentação lotaram o Municipal de Piracicaba. Para Mahle, este é o melhor reconhecimento, pois demonstra o reconhecimento de seu trabalho, principalmente de sua música.
“As mãos que regem agora estão imortalizadas no teatro de Piracicaba”, disse Rosângela Camolese, secretária municipal da Ação Cultural. “Mahle constrói um legado musical na cidade e no Brasil, baseado numa história de sucesso. Muitos alunos que estudaram na Escola de Música fazem sucesso mundial”, completou.
A ópera “O Garatuja” terá mais duas apresentações: hoje (dia 28), em Jundiaí-SP, no teatro Polytheama; e no Theatro São Pedro, em São Paulo, no dia 17 de junho. Informações: (19) 3422-2464.
O Maestro
Ernst Mahle nasceu no ano de 1929, em Stuttgart, Alemanha. Chegou ao Brasil em 1951, naturalizou-se brasileiro em 1962 e recebeu o titulo ‘Cidadão Piracicabano no amo de 1965.
Foi aluno de composição de J. Nepomuk David, na Alemanha; de H. J. Koellreuter, no Brasil; e de Messiaen, W. Fortner, E. Krenek, em cursos internacionais de férias, onde também estudou regência com L. Von Matacic, R. Kubelik e Mueller-Kray. Mahle é co-fundador da Escola de Música de Piracicaba ‘Maestro Ernst Mahle’ (Empem), onde exerce o cargo de Professor e Maestro das Orquestras de Câmera e Sinfônica. É idealizador do bianual ‘Concurso Jovens Instrumentistas’.
Atua, também, como professor em cursos de férias e festivais de música. Foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea e é membro da Academia Brasileira de Música. Em 1995, recebeu o prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).