Cerca de 1.200 mulheres foram atendidas durante a 2ª Ação em Prol da Empregabilidade da Mulher, realizada pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Semdettur). O evento, realizado na manhã de hoje, 08/03, na Estação do Idoso, ofereceu mais de 300 vagas de emprego em 20 empresas que se cadastraram para participação, além de cadastro para oportunidades futuras.
O evento, organizado no Dia Internacional da Mulher, teve como objetivo conectar, engajar, empregar e qualificar mulheres para o mercado de trabalho, oferecendo oportunidades de emprego, divulgação de cursos de qualificação, orientação profissional e financiamento para microempreendedores.
“O Dia das Mulheres é todos os dias, mas estamos felizes de hoje, em homenagem a elas, podermos proporcionar essa grande oportunidade de empregabilidade, com mais de 300 vagas. Esse é mais um de vários eventos que estamos organizando durante o mês, de emprego, cultura, tudo isso porque elas merecem ser homenageadas”, declarou o prefeito Luciano Almeida.
“Hoje, Dia Internacional da Mulher, uma data que representa muitas lutas, conquistas, realizações, a Prefeitura, por meio da Semdettur, realizou esta segunda ação para empregabilidade da mulher, como uma forma de ajudá-las a entrar ou voltar ao mercado de trabalho, para que tenham oportunidades e salários compatíveis, mas que acima de tudo, tenham seus direitos respeitados”, comentou José Luiz Ribeiro, secretário da Semdettur.
Participaram empresas e indústrias de diversos setores, como Hyundai Motor Brasil, CNH Industrial, Delta Supermercados, Myoung Shin Brasil (Msb), Tectêxtil Embalagens Industriais, Tools Digital, entre outras, oferecendo oportunidades em todos os níveis de escolaridade, além de estágios.
EM BUSCA DE OPORTUNIDADES – Maria Izabel de Oliveira Santos começou a trabalhar com 17 anos, fazendo estágio na área administrativa, e seu primeiro emprego foi como vendedora em uma loja de eletrodomésticos. Hoje com 22 anos, ela busca uma oportunidade de trabalhar em uma empresa para, inclusive, ter condições financeiras de fazer um curso universitário. “Eu quero ser veterinária”, revela.
Ela esperava na fila para entregar o currículo ao lado da avó, Vera Lúcia Soares de Oliveira, que a criou como mãe. A avó conta que sempre a apoiou para buscar um trabalho. “Eu fui lá no CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) primeiro, para ajudar ela a abrir o caminho para o mercado de trabalho. Então é muito legal essa ação, porque todas que estão aqui é porque precisam [de trabalho], muitas pagam aluguel e ainda não têm uma casa própria, muitas vezes, por falta de condições financeiras, então isso ajuda a conseguir essa oportunidade.”
Maria Izabel diz que uma das maiores dificuldades que ela tem para entrar no mercado de trabalho é a falta de experiência profissional. “Eu que tenho pouca [pela idade], é todo dia quebrando essa barreira da experiência para conseguir uma oportunidade. Então é muito bom isso que vocês estão fazendo, porque assim nós estamos sendo vistas.”
Juliana Moraes, de 40 anos, trabalhou como recepcionista e hoje é autônoma. Há cerca de um ano busca uma vaga na área em que se especializou, de Tecnologia da Informação, e procura uma oportunidade de trabalho para continuar se aprimorando. “Eu quero crescer na minha área, aí eu fiz o curso técnico de TI e pretendo cursar ainda o ensino superior. Quero trabalhar com design para aplicativos”, conta.
Adriana Casarin é especialista em reformulação de currículos profissionais e seu stand durante a Ação reuniu uma fila de mulheres em busca de ajuda para aprimorar o documento e conseguir uma oportunidade de trabalho. Somente na página dela, de recursos humanos, são divulgadas cerca de 40 oportunidades por dia. Segundo Adriana, uma das principais dificuldades das pessoas é saber usar com clareza e estratégia os termos técnicos e capacidades necessárias para a vaga de interesse.
“Trabalhou em uma produção industrial, ótimo, mas que máquina você operou, que ferramentas você usou? Porque se a vaga exige algum conhecimento específico, tem que estar explícito. Quando eu dou essa orientação, a pessoa vai pra entrevista e acaba deslanchando porque ela ganha consciência do seu valor. Muitas vezes, por ser o básico de uma função, ela pensa: como o recrutador não sabe? Pra se diferenciar e destacar na concorrência, quanto mais conteúdo de forma estratégica e objetiva, mais resultado você pode ter.”
