Zoonoses faz visitas para identificar existência de primatas e reforça combate à febre amarela
Entre 28/07 e 7/09, 1.899 pessoas receberam dose da vacina contra a doença, disponível na rede pública; primatas são principais vítimas da febre amarela

Como parte da estratégia de reforçar o combate à febre amarela, o Centro de Controle de Zoonoses, departamento da Secretaria de Saúde, realiza visitas domiciliares para identificar primatas encontrados sem vida e orientar a população sobre a doença. A ação teve início no final de julho e, desde então, foram visitadas 51 casas para orientação sobre os primatas, foram avistados 49 animais entre macacos-prego e saguis e houve 168 relatos de animais avistados pelos moradores. Nenhum foi encontrado sem vida.
Ao todo, um pouco mais de 90 pessoas da Zona Rural foram orientadas sobre os primatas e a febre amarela. Nessa semana, a ação foi realizada nos bairros Artemis e Figueira. Os profissionais também fizeram ações nos bairros Lago Azul, Limoeiro, Tupi, Monte Alegre, Nova Pompeia, Santa Inês, Santa Rita, Água Branca, Pombeva, Jupiá e Colinas de Piracicaba.

O veterinário do Centro de Controle de Zoonoses, Etélcles Mendes explica que, onde há animais, o risco para a contaminação por febre amarela pode ser maior. Por essa razão é essencial que a pessoa se vacine e evite o contato com os animais silvestres.
Além disso, o profissional informa sobre os sinais clínicos da febre amarela, como febre alta, calafrios, dor de cabeça, fraqueza e icterícia, e orienta a procura imediata de serviço médico em caso de suspeita.
A ação é importante, uma vez que já ocorreram confirmações de casos da febre amarela em cidades vizinhas a Piracicaba, como São Pedro e Itirapina.
A equipe de Zoonoses segue com o protocolo de monitoramento ambiental, recolhimento de carcaças quando possível e comunicação com a comunidade sobre medidas preventivas, incluindo a eliminação de criadouros de mosquitos, uso de repelentes, e a importância da vacinação para reduzir o risco de transmissão.
A Vigilância em Saúde reforça que a febre amarela é uma doença grave, com potencial de surtos, e que a prevenção depende tanto da vacinação quanto do controle de vetores e da notificação rápida de casos suspeitos.
Os primatas encontrados sem vida são recolhidos pela Zoonoses e encaminhados para análise. Os macacos não transmitem a febre amarela e também são vítimas da doença. Os animais funcionam como importantes sentinelas que alertam para presença do vírus circulando em uma região.
O aparecimento de um animal doente serve de aviso tanto para os órgãos de saúde quanto para as pessoas. Os animais não devem ser agredidos ou mortos.
PROTEÇÃO – Outra medida fundamental para proteger contra a doença é a vacinação contra a febre amarela, disponível em todas as unidades da Atenção Básica do município, UBSs e USFs (exceto UBS Paulista), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, além do horário estendido – das 17h às 20h – na UBS Centro (avenida França, 227, Jardim Europa). Entre 26 de julho e 7 de setembro, foram imunizadas em todas as unidades de saúde, 1.899 pessoas.
A vacinação é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. Além da disponibilidade nas unidades de saúde, a Secretaria de Saúde está fazendo a busca ativa na Zona Rural, com visita casa a casa. para garantir a imunização de um maior número de pessoas.
Para ser vacinada, a pessoa deve apresentar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua).
Todas as pessoas devem se vacinar, não somente quem vai viajar. As pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida – em humanos ou em macacos – devem redobrar a atenção e verificar suas carteiras de vacinação antes da viagem. Caso não haja registro da vacina de febre amarela, é preciso se vacinar com dez dias de antecedência da viagem para melhor proteção.
