Um filhote de gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), com aproximadamente dois meses de vida e medindo 12 centímetros de altura, foi encontrado em uma área entre Piracicaba e Santa Bárbara D´Oeste e resgatado por uma pessoa que passava pelo local no último dia 5/06. Joaquim, como agora é chamado, estava sem sua família, por isso foi levado ao Zoológico Municipal de Piracicaba, onde receberá cuidados e passará a morar.

O bebê gato-do-mato-pequeno Joaquim: muitos cuidados e mimos do pessoal do Zoo

De acordo com a veterinária do Zoo, Camilla Xavier, Joaquim ficará em quarentena até se tornar adulto, quando será colocado em um recinto onde já vivem os machos da mesma espécie, Taz e Nalu. “Precisamos esperar que ele cresça um pouco e fazer sua adaptação com os outros. Foi assim que fizemos com o Taz, que foi recebido pelo Nalu”, contou Camilla.

Enquanto isso, o filhote é mimado por todos no Zoo e alimentado com ração para gato e carne. Esse é o terceiro filhote da espécie que chega ao Zoológico em aproximadamente dois anos. Os outros foram Taz e a fêmea Mombuca, resgatada depois de um incêndio em um canavial, próximo à cidade vizinha que inspirou seu nome. Enquanto Taz vive no recinto com Nalu, Mombuca fica em um setor extra, longe da movimentação, porque ela tem problemas de saúde e é muito arisca.

O gato-do-mato-pequeno vive aproximadamente 11 anos e é o menor dos gatos malhados da América do Sul. Pesa de 1,5 a 3,5 quilos e mede de 38 a 55 centímetros de comprimento e tem cauda com 22 a 42 centímetros. É encontrado em diferentes tipos de florestas, incluindo amazônia, cerrado, pantanal, caatinga e mata atlântica.

CUIDADOS ESPECIAIS – De acordo com a veterinária, o Zoológico recebe muitos animais que não conseguiriam sobreviver na natureza por serem filhotes e estarem sozinhos, como é caso de Joaquim, ou por estarem machucados, vítimas de atropelamento ou maus-tratos. “É muito comum a gente receber esses animais aqui. Nós os acolhemos e tratamos deles. Alguns são devolvidos à natureza e outros, que nunca tiveram uma referência de vida livre e não vão se adaptar, ficam aqui no Zoo”. Camilla aconselha as pessoas que encontrarem animais nessas condições, que os encaminhem à Polícia Ambiental para que a polícia faça um boletim de ocorrência antes de levar o animal ao Zoo. O BO, de acordo com ela, serve como documento para justificar o acolhimento do animal pela Prefeitura.

Camilla também lembra e alerta que o Zoo não recolhe animais abandonados por seus donos. “Acontece muito de pessoas virem aqui para entregar jabutis, araras, por exemplo, porque não os querem mais como animais de estimação. Nessa caso, não pegamos”, esclarece.