Com os postos volantes que funcionaram no último sábado, 27/05, distribuídos pelos principais pontos da cidade, quando foram vacinadas 1.620 pessoas, a cobertura da vacina contra a gripe alcançou 61% do público-alvo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS). A menor cobertura continua sendo das crianças (36,50%) e a melhor, dos idosos (74,48%).
A baixa adesão é um problema nacional, uma vez que a cobertura média no país está em 63,6%, muito abaixo da meta a ser alcançada, de 90% dos grupos prioritários. Por isso, o MS decidiu, na última sexta-feira, prorrogar a campanha para até o dia 9 de junho. Ou seja, a população terá mais duas semanas para procurar os postos de saúde e se imunizar contra a doença.
Os grupos prioritários são: idosos, crianças de 6 meses a menos de 5 anos, profissionais da saúde, gestantes, puérperas, professores da rede pública e privada, pessoas com alguma comorbidade, bombeiros, policiais civis e militares, profissionais da defesa civil e dos Correios.
Segundo balanço fechado hoje, 29/05, pela Vigilância Epidemiológica, além das crianças e idosos, apenas 43,56% das gestantes foram vacinadas, 46,93% das puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias), 59,72% dos trabalhadores da saúde. Foram vacinadas também 7.438 pessoas com alguma comorbidade e 1.702 professores, totalizando 60.809 pessoas protegidas da doença.
Para a Secretaria de Saúde, é importante que as mães se sensibilizem e levem seus filhos, porque trata-se do público com a menor cobertura. De acordo o secretário da pasta, dr. Pedro Mello, este é um momento de muita preocupação porque as pessoas não estão compreendendo o risco que é ficar sem a imunização.
“A gripe é uma doença evitável com a vacina, mas pode levar a óbito em caso de complicação, quando há o risco da síndrome respiratória. Nos casos graves, o índice de óbito pode alcançar 30%. E o público-alvo, estabelecido pelo MS, é o mais vulnerável, principalmente com a chegada do inverno”, explicou.
PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.