A Raiva mata e é transmitida por mamíferos, principalmente os morcegos, que atualmente contribuem para a circulação e manutenção do vírus na Zona Rural e no município de Piracicaba
Em menos de duas semana de campanha contra a raiva na Zona Rural, já foram vacinados 2.730 animais, entre cães (2.313) e gatos (417). Número considerado expressivo pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCS), porque representa 400 doses a mais em relação ao registrado no mesmo período da campanha de 2016 e 27% da meta prevista para este ano, de imunizar 10 mil animais. O balanço foi fechado ontem, 08/06.
A campanha na Zona Rural vai até o dia 29 de julho. Na Zona Urbana está prevista para setembro.
Neste sábado, 10/06, as equipes do CCZ vão se concentrar nos bairros Glebas Taquaral e Parque Continental, quando estarão batendo de casa a casa para atendimento na própria residência. A campanha é realizada por vacinadores treinados, que visitarão toda área rural, com material descartável e vacinas individuais. É importante que os proprietários colaborem, prendendo seus animais previamente à visita da equipe. No caso dos cães, quando se tratar de postos volantes, devem ser levados em guias e por adultos.
Para os animais mais agressivos, é obrigatório o uso da focinheira. Os gatos deverão ser levados em caixas de transporte ou em sacos, como aquele usado para embalar cebolas, evitando assim fugas e possíveis acidentes com os animais, seus donos e vacinadores.
Todos os cães e gatos, a partir dos três meses de idade, poderão receber a vacina. Animais doentes, em tratamento e debilitados deverão aguardar a recuperação e a alta do seu médico veterinário, assim como as gestantes e com crias, que devem esperar o desmame dos filhotes. As vacinas podem ser aplicadas também de segunda a sábado, das 8h as 15 horas, no CCZ, que funciona como ponto fixo durante o ano todo.
De acordo com o veterinário da CCZ, Paulo Lara, coordenador da campanha antirrábica, a vacinação é muito importante para prevenir a doença. “A Raiva mata e é transmitida por mamíferos, principalmente os morcegos, que atualmente contribuem para a circulação e manutenção do vírus na Zona Rural e no município de Piracicaba”, afirmou.
De acordo com o especialista, este ano o trabalho de vacinação na zona rural terá também uma finalidade complementar, que é conscientizar a população local sobre os riscos da febre amarela e a necessidade de observar nas áreas de mata a existência ou não de macacos e suas condições de saúde.
“Este ano, devido a nossa preocupação com o avanço da febre amarela no Estado, incluindo municípios próximos como Campinas, realizaremos um trabalho, com apoio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEMA) e da Cooperativa dos Plantadores de Cana (Coplacana), que visa o levantamento das áreas com avistamento de macacos e possíveis óbitos, além de uma ação informativa voltada a vigilância da doença na Zona Rural”, concluiu Paulo Lara.