Piracicaba, 14 de agosto de 2020 – Começa na próxima segunda-feira (17) na página do facebook da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e nas páginas do Facebook e do Instagram do Instituto Formar, a campanha Trabalho Infantil Artístico: O que preciso saber?, que por 10 dias consecutivos informará sobre o Trabalho Infantil Artístico, quando ele é permitido, sob quais regras e as formas de denunciá-lo.

A Campanha é idealizada pela Smads, pelo CMDCA, por meio da Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Trabalho Adolescente Irregular (Competi) e com apoio do Instituto Formar. A ideia nasceu dentro das reuniões da Competi, principalmente motivadas por uma postagem que trazia informações errôneas sobre os efeitos do Trabalho Infantil na vida de crianças e adolescentes e uma outra que expunha uma influencer mirim, suscitando os debates sobre os limites entre brincadeira e exploração comercial da imagem de crianças e adolescentes no universo digital e qual a responsabilidade das plataformas neste processo. “O assunto gerou muita discussão durante a reunião do Conselho e nós pensamos em produzir uma campanha que esclarecesse muitos destes pontos. Neste período de pandemia, nosso foco de trabalho centrou numa campanha de esclarecimentos sobre o que é, como pode ser feito, efeitos e responsabilidades. Sabemos da importância da informação como um direito e a diferença que ela pode fazer na vida das pessoas. A divulgação nas redes sociais de mais esta modalidade de trabalho infantil também dá prosseguimento ao trabalho de combate ao trabalho infantil no município, mantendo o assunto na pauta da sociedade piracicabana.”, explica Roger Nascimento, presidente do CMDCA.

O trabalho artístico infantil já vem sendo objeto de discussões das redes de proteção de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo diante da explosão já há alguns anos de youtubers mirins que invadiram o mundo digital. O assunto ganhou mais força com a pandemia, período em que a comunicação e interação virtual são a tônica. “Por isso a pertinência do assunto. O trabalho artístico é trabalho infantil e tende a ser normalizado pela sociedade que pensa ser uma diversão, mas não é só isso e é preciso elucidar a forma que ele é permitido por lei e quando a brincadeira pode ser um abuso e exploração da força de trabalho de uma pessoa em formação, igualmente deletério como as outras formas de trabalho infantil presentes ”, frisa a técnica de referência do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), a psicóloga da Smads, Natália Guimaro Srair. .

A campanha utilizará imagens artísticas de obras de arte antigas para fazer referência às crianças e adolescentes “inclusive porque seria incongruente usar imagens de crianças e adolescentes na ilustração. A imagem sempre será acompanhada de uma informação sobre o assunto para que a sociedade tome conhecimento e denuncie caso saiba de exploração comercial da imagem de crianças e adolescentes que possam estar em violação de direitos”, acrescenta Douglas Galvão, do Instituto Formar.

Os posts com a campanha estão programados de 17 a 26 de agosto, sempre pela manhã, nas redes sociais.

Centro de Comunicação Social

Sabrina Rodrigues Bologna: 31076