A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) realizou entre os meses de outubro e novembro, capacitação sobre Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil com profissionais da rede socioassistencial. A capacitação foi desenvolvida pela Advices Treinamentos.
“Este é um tema que merece a nossa atenção. Na assistência social lidamos com casos de trabalho infantil, por isso precisamos nos capacitar a identificá-los e atuar em rede para prevenir e contribuir para a sua erradicação”, pontuou Euclidia Fioravante, secretária da Smads.
Arnaldo de Almeida Júnior, durante primeiro encontro da capacitação
Ao todo, foram realizados quatro encontros. No primeiro, ministrado por Arnaldo de Almeida Júnior, coach especialista em Competências Humanas e CEO da Advices Consultoria e Treinamentos, o objetivo foi trabalhar a dinâmica avaliativa do “Quem Somos”. “Busquei apresentar um insight sobre questões pessoais que precisam ser corrigidas e melhoradas. Acredito que a gente só muda uma nação quando trabalhamos um a um, contribuindo naquilo que podemos, de forma a otimizar um grande ecossistema”, disse.
Mariana Peres, assistente social, ministrou as outras palestras com apoio das psicólogas Bárbara Martins e Catiê Machado, abordando conteúdos relacionados ao alinhamento conceitual sobre o trabalho infantil e irregular; o papel da rede socioassistencial no programa de Erradicação ao trabalho Infantil; ações estratégicas quanto à mobilização, identificação, proteção social e responsabilização no enfrentamento ao trabalho infantil; além do papel da Competi (Comissão do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) e do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) na articulação, controle e monitoramento do trabalho infantil no município.
Mariana Perez e Catiê Machado em palestra sobre a rede de trabalho
“O trabalho infantil é uma prioridade porque se trata de violação de direitos e para se trabalhar essa questão é necessária a articulação com todos os segmentos relacionados. Precisamos discutir os processos de trabalho, desde o preventivo, até o acompanhamento. Esse trabalho deve ser realizado em rede para não sobrecarregar ninguém, mas sabemos que é tudo a partir de uma construção, por isso o processo de formação é muito mais para cutucar, que trazer respostas. É preciso pensar em um fluxo mais objetivo e a sensibilização da parte subjetiva para ter maior abertura em relação a outras áreas de atuação”, ponderou Mariana.
Participaram da capacitação membros da Competi, técnicos do setor de Vigilância Socioassistencial, dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Programa Criança Feliz, Serviços de Aprendizagem Profissional, Serviços de Medida Socioeducativa LA E PSC, Serviço de Abordagem Social (Seas), Conselhos Tutelares, além de representantes do Instituto Formar e Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
ASSISTÊNCIA SOCIAL E O TRABALHO INFANTIL – Na Assistência Social, o Seas realiza a busca ativa nos territórios para a identificação de casos de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes e situação de rua. A partir da identificação, os casos são acompanhados pelos Creas, por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi) e realizam o encaminhamento para o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e para o Serviço de Aprendizagem Profissional.