O Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) participa da Missão do Brasil à República Dominicana, organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), agendada para segunda e terça-feira, próximos dias 28 e 29. Serão 23 empresários do setor sucroenergético, integrados em uma comitiva com 50 representantes nacionais dos setores de alimentos, máquinas e equipamentos, casa e construção, eletrônicos e produtos médicos. Serão realizadas rodadas de negócios com os compradores do país na capital Santo Domingo. No dia 29, a rodada é voltada apenas ao setor energético, com apresentação técnica sobre biocombustíveis. Como tem ocorrido em diversas nações, o governo dominicano estabeleceu a adição de 10% de álcool na gasolina. Embora a lei já esteja em vigor, ainda não é atendida, já que a produção canavieira do país é voltada quase exclusivamente ao açúcar. No ano passado, de acordo com o Departamento de Inteligência do Apla, a produção açucareira representou mais de 82% da oferta do país. As cinco usinas da República Dominicana moem anualmente 4,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzem cerca 506 milhões toneladas de açúcar.

Localizada no sudeste do país, a usina Central Romana se destaca por produzir o equivalente a quase 70% da oferta nacional. No ano passado, a usina investiu US$ 650 milhões, com a compra de 47 colheitadeiras, 300 tratores e 46 carregadores. Mas ainda tem margem para mais investimentos, já que pretende chegar em 2015 com 70% da colheita mecanizada – atualmente, são 50%. “Embora seja um mercado pequeno, a República Dominicana tem espaço para crescer. Em 1990, existiam 15 engenhos em funcionamento, que hoje precisam se atualizar”, avalia Flávio Castelar, secretário-executivo do Apla.

Outro atrativo para os empresários brasileiros no Caribe é a possibilidade de estar próximo a mercados maiores e com os quais a República Dominicana mantém acordos bilaterais que facilitam o fluxo de produtos. Em 2010, as exportações brasileiras para o país somaram US$ 401,7 milhões, representando acréscimo de 42,17% em relação ao mesmo período de 2009. Deste valor, aproximadamente US$ 357 milhões são referentes à exportação de produtos industrializados. As importações foram de US$ 14,8 milhões. A corrente de comércio totalizou US$ 416,5 milhões.

Flávio Castelar destaca que o intuito desta ação não é apenas atender a demanda dominicana, mas outros mercados próximos, como Porto Rico, Jamaica, México e Estados Unidos. “Há muita disposição do governo dominicano em atender os brasileiros”, acredita Flávio Castelar.