{mosimage}Após dois meses do lançamento da Campanha “Dia Não ao Trabalho Infantil”, cujo slogan é "Não dê esmola nos semáforos", houve uma diminuição do número de abordagens de crianças e adolescentes em situação de rua e aumento do número de freqüência destes segmentos nas atividades do Projeto Recriando. Neste período foram entregues cerca de 20.600 panfletos, além da divulgação por meio de placas de rua, faixas, outdoors, busdoor e diversos meios de comunicação de massa. Os dados foram apresentados pela Secretaria Municipal de DesenvolvimentoSocial, na noite de ontem (24), no Anfiteatro da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), durante primeira avaliação da campanha, que reuniu parceiros e apoiadores.A Campanha “Diga Não ao Trabalho Infantil” é uma articulação entre a prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento, empresas parceiras e sociedade civil, fundações e ONGs para tentar mudar essa crônica paisagem de crianças pedintes.De acordo com Carla Gonçalves Marques, psicóloga da Semdes, a campanha lançada em 24 de maio deste ano, que contou com a presença dos embaixadores do esportes, os ex-jogadores de voleibol, Carlão e Maurício, está tendo tendo boa receptividade da população e isso tem se refletido na redução das abordagens nos cruzamentos das principais avenidas. A maior parte dessas crianças tem família e alguma estão com vínculos cortados, seja com a escola, família e comunidade. Mas segundo a psicóloga da Semdes, apesar dos pontos positivos, a campanha ainda encontra dificuldades, como a falta de parceiros no atendimento às crianças e adolescentes em situação de rua; forte incidência de evasão escolar na faixa etária de 11 a 16 anos; baixa inclusão de adolescentes com pouca escolaridade no mercado de trabalho e ausência de tratamento de desintoxicação específico para adolescentes no município. Ela acredita que como decorrer da campanha o quadro melhorará.{mosimage}Carla Marques observou que este projeto tem o objetivo de conscientizar a sociedade em geral, a não doar dinheiro à crianças e adolescentes ou comprar produtos que comercializam nos semáforos da cidade. “Lugar de criança é na escola e nas horas vagas, estar freqüentando algum programa social desenvolvido pela prefeitura ou pelas Organizações Não Governamentais e iniciativa privada”.Por meio de cartazes e banners fixados nos principais cruzamentos da cidade, os motoristas são informados sobre números de telefone do Disque Denúncia e do Conselho Municipal da Criança e Adolescente e o Banco do Brasil também disponibilizou uma conta para doações, que é agência 0056-6 e conta 20052005-9, além do contribuinte poder deduzir seu Imposto de Renda, contribuindo para o Fundeca. O trabalho infantil é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).