O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) implementou em janeiro deste ano o novo contrato de aquisição de energia elétrica pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como mercado livre de energia. Com a nova modalidade, que permite que os consumidores negociem as condições de compra de energia elétrica com as geradoras ou comercializadoras, a previsão é de que, em cinco anos, a autarquia economize mais de R$ 79 milhões, o que representa uma redução de 40% em relação à energia adquirida em concessionárias, como ocorre hoje.
A comercialização de energia elétrica no Brasil teve início em 2004, a partir do decreto nº 5.163, portanto, há 20 anos. Se a solução tivesse sido adotada pelo Semae naquele momento, a autarquia teria economizado, baseado no custo atual, R$ 316 milhões dos cofres públicos.
“Esse é mais um importante passo que damos que demonstra o respeito e o compromisso que temos com os recursos públicos. Com essa economia, conseguiremos dedicar nossos esforços e estratégias para a melhoria do nosso sistema hídrico, aliado aos mais de R$150 milhões em obras que teremos”, frisa o prefeito Luciano Almeida.
Para aderir ao mercado livre de energia, foram realizados estudos técnicos, a partir de 2022, nesta Administração. O levantamento interno realizado pela Divisão de Manutenção e Instalação Eletromecânica apontou que a energia elétrica consumida pelo Semae representou um montante de R$ 43,2 milhões em 2022, custo que se elevou para R$ 45,3 milhões em 2023 e que deve baixar para cerca de R$ 28 milhões em 2024.
“Com essa economia temos a disponibilização de recursos para melhorias e ampliações no sistema de abastecimento para atendimento da demanda de consumo de água da cidade”, afirmou o presidente do Semae, Artur Costa Santos.
O novo contrato atende as 17 Unidades Consumidoras do Semae, como a Estação de Tratamento de Água (ETA) Capim Fino e as Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT), como a XV de Novembro, Dois Córregos e Boa Esperança, que representam 97% do total de gastos com energia elétrica da autarquia.
Já o sistema de distribuição dessa energia e manutenção da rede continuam sendo de responsabilidade da concessionária CPFL.
PLANEJAMENTO – A ação faz parte do plano de gestão do Semae que segue o princípio da economicidade, minimizando os gastos públicos, sem comprometer a qualidade do serviço prestado à população.
Além de realizar ações que geram economia do dinheiro público, o Semae vai investir, neste ano, em torno de R$ 150 milhões para mais melhorias. Os programas Desenvolve SP, Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) I e II contemplam os recursos.
Entre os exemplos estão as obras da ampliação da Estação de Tratamento de Água do Capim Fino, e as adutoras dessa estação estão dentro do pacote de ampliação do abastecimento. Com isso, a estação de Tratamento de Água do Capim Fino, que tem uma capacidade nominal de 1.500 litros por segundo, ampliará a capacidade para 2.000 litros por segundo.