Francisco Nuncio Cerignoni, Chico Pirata foi o nome dado à sede da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), em homenagem a um dos principais ativistas pelos direitos da pessoa com deficiência no município. A cerimônia de denominação aconteceu na noite de sexta-feira, dia 1/12, reunindo familiares, o autor da Lei n.º 9.938/2023, vereador Paulo Camolesi, autoridades e membros do Conselho Municipal de Proteção, Direitos e Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência (Comdef).
Chico Pirata, que faleceu em 10 de dezembro de 2020, nasceu em Piracicaba e se formou como engenheiro agrônomo pela Esalq/USP, com pós-graduação em Energia Nuclear na Agricultura. Pessoa com deficiência devido a sequelas de poliomielite, sua militância iniciou na década de 1980 e sua luta perdurou por mais de 30 anos. Teve grande contribuição na construção da LBI (Lei Brasileira de Inclusão), em 2015 e, entre suas conquistas, está a instituição do Comdef. Foi coordenador do Bem Estar Social da Prefeitura de Piracicaba, de 1977 a 1980, diretor do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (CEAPcD) e coordenador intercontinental da Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência (FCD).
A noite de denominação foi marcada com a homenagem fixada na parede do prédio: uma caricatura criada pelo artista Erasmo Spadotto. “Já no hall de entrada da Smads, todas as pessoas que entrarem pelas portas da secretaria poderão ver a pessoa que tanto lutou pelos direitos da pessoa com deficiência. Ele e os membros do Comdef sempre lutaram por espaços públicos acessíveis e, hoje, a Assistência Social já atende em um prédio totalmente acessível, por isso, é com muita alegria e gratidão que fizemos essa homenagem”, falou Euclidia Fioravante, secretária da Smads.
Cristina Cerignoni, esposa de Chico, falou sobre o orgulho de ter sido casada com ele. “Ficamos toda uma vida juntos e isso tudo é muito emocionante pra mim; poder falar sobre ele e quem foi o Chico Pirata”, enfatizou emocionada.
O vereador Paulo Camolesi contou sobre as conquistas de Chico e a respeito de quem era. “Chico tinha uma deficiência, mas não era deficiente. Deus deu a ele uma missão e ele trabalhou para concluí-la da melhor forma; até as modificações no prédio da Câmara Municipal, sei que tiveram o dedo dele”, disse.
“É importante entendermos que, quando ajudamos uma pessoa com deficiência, ajudamos, também, a sua família e as pessoas que estão à sua volta, por isso, Chico foi e continua sendo importante. Rompeu barreiras e construiu pontes”, ressaltou Ademir Barbosa, membro do Comdef e um dos idealizadores da homenagem.
A cerimônia também contou com a presença das secretárias municipais Jane Franco, da Semuttran, e Nancy Thame, da Sema; a ex-secretária da Smads, Eliete Nunes, e pessoas ligadas à causa das pessoas com deficiência.
Palavras-chave: Smads; Chico Pirata; pessoa com deficiência.