Janeiro é o mês de conscientização e combate à hanseníase. Em 2016, o Ministério da Saúde (MS) oficializou o mês e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença. A Secretaria de Saúde está engajada na luta de conscientização e enfrentamento deste problema de saúde pública. Ao longo do mês, as unidades de saúde do Departamento de Atenção Básica (DAB) estão desenvolvendo atividades específicas, como orientações em sala de espera e intensificação da busca ativa de sintomáticos dermatológicos.
Atualmente, temos na rede pública cinco casos em tratamento mas, às vezes, por falta de informação ou por preconceito, as pessoas não procuram as unidades de saúde. Mas o paciente com suspeita da doença deve passar por avaliação médica no postinho do seu bairro e, se necessário, ser encaminhado ao Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas (Cedic).
Filemon Silvano, secretário de Saúde, observa sobre a importância do trabalho preventivo na rede pública e a capilaridade da Atenção Básica junto à população que mais precisa do apoio do poder público. “Temos que fortalecer as ações preventivas e instensificar a relação dos agentes comunitários de saúde com as famílias. A qualidade desta prestação de serviço é estratégica para potencializamos os ganhos da população em qualidade de vida”.
SOBRE A DOENÇA – A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, que também pode ter alteração da sensibilidade ao calor, frio, dor e mesmo ao toque.
É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. A pessoa pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, pode perder os chinelos sem perceber.
A doença, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular. Sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).
TRATAMENTO – É importante lembrar que a hanseníase tem cura e os medicamentos são oferecidos pelo SUS. Quanto mais cedo o tratamento, menores são as agressões aos nervos, podendo evitar complicações. O indivíduo que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola.