Nesta semana surgiu um caso de suspeita de meninguite em paciente com 3 anos, morador da região Central. O primeiro teste realizado não detectou a presença das bactérias Haemophilus influenzae ou da Neisseria meningitidis, que exigem intervenção de bloqueio, que consiste no tratamento extensivo às pessoas que tiverem contato com o paciente. Como forma de prevenção, a Secretaria da Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, está acompanhando o paciente, que está internado e medicado enquanto aguarda o resultado de outros exames. A meningite é a inflamação das membranas (denominadas “meninges”) que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Vários tipos diferentes de vírus e bactérias podem causar meningite. Para verificar se alguém está com meningite e para saber qual o agente que causou a doença, coletam-se amostras de sangue e do líquido cefalorraquidiano ou líquor (líquido da espinha). Esses exames, além de beneficiar o paciente, pois o resultado é rápido e indica o tratamento mais adequado, também beneficia a comunidade, pois define quais as medidas de controle a serem adotadas com as pessoas que conviviam com o paciente, se forem necessárias. São três espécies de bactérias são as principais responsáveis por causar meningite: Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae. Há também a meningite viral. Os sintomas de meningite podem surgir repentinamente. Febre, dor de cabeça forte e constante, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos, podem ser sinais e sintomas de meningite. Manchas vermelhas pequenas ou grandes na pele, podem ser sinal de gravidade e de “meningococcemia”. Mudanças de comportamento como confusão, sonolência e dificuldade para acordar podem também ser sintomas importantes. Em recémnascidos e lactentes, os únicos sinais e sintomas de meningite podem ser febre, irritação, cansaço e falta de apetite. Sempre que alguém apresentar ou observar esses sintomas deve procurar imediatamente assistência médica, para assegurar-se do diagnóstico e iniciar o tratamento o mais precocemente possível. Os vírus que causam meningite podem ser transmitidos pela saliva ou pelas fezes. As bactérias que causam meningite são geralmente transmitidas de pessoa para pessoa pelo contato com saliva infectada. A maioria das pessoas pode já ter imunidade (proteção natural) contra muitos desses vírus e bactérias. Para as pessoas que tiveram contato próximo com doentes com meningite causada por certos tipos de bactérias já citadas, os profissionais de saúde deverão orientar sobre a necessidade do uso de medicação preventiva (quimioprofilaxia com antibiótico). Esta medida é realizada pelo serviço de saúde local, na residência, na creche e em outras situações específicas, no sentido de interromper a cadeia de transmissão da doença. O hábito de lavar as mãos freqüentemente com água e sabão ou de usar produtos para a limpeza das mãos à base de álcool ou gel de álcool pode ajudar a interromper a disseminação de muitos vírus e bactérias. Ao evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres, estarão também ajudando a interromper a transmissão dos germes. Diante da suspeita de meningite, a Secretaria da Saúde orienta a procurar imediatamente atendimento médico, evitando remédios caseiros ou receitados em farmácia; Evitar mandar crianças com febre para a escola e, sim, procurar serviço médico; Comunicar à diretoria da escola o motivo da falta da criança; Manter as medidas recomendadas de limpeza e higiene.