Este foi o principal foco do encontro realizado na tarde de hoje (28), no Anfiteatro do Centro Cívico, entre os técnicos da Secretaria da Saúde e representantes de diversos segmentos da sociedade, como o Sesc (Serviço Social do Comércio), do comércio, líderes religiosos, escolas e clubes de serviço. O objetivo foi pedir apoio para participarem das ações para impedir a proliferação do mosquito, sobretudo a conscientização, para que as informações possam chegar a um maior número possível de pessoas.
A assessora técnica da Secretaria da Saúde, Sandra Vidal, afirmou que a responsabilidade é de todos e o Poder Público tem efetuado as ações necessárias e até antecipado as orientações do Ministério da Saúde, como investir na capacitação dos funcionários. “Não fazemos saúde pública sem a participação dos setores da sociedade civil. Essa parceria permite alcançar resultados positivos”, reiterou.
O médico Rogério Tuon, coordenador do Pronto-Socorro da Vila Sônia reafirmou que não só Piracicaba vive uma situação de epidemia da doença, mas todo o Estado de São Paulo está convivendo com a situação.
O coordenador explicou que a preocupação da Secretaria da Saúde é identificar os casos novos, o jeito que os pacientes estão se apresentando e principalmente, a supervisão para se evitar mortes causadas pela dengue, que podem ocorrer no momento da febre hemorrágica da doença. “Este plano faz parte desde a criação de sentinelas dentro dos serviços de saúde, com envolvimento da população, que pode ajudar com atitudes simples, como eliminar todo tipo de água parada. O comprometimento da comunidade é de vital importância para ajudar no combate à doença”.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Cárdenas, ressaltou que a idéia é ampliar o número de parceiros para que o poder público possa atuar em vários setores, transformando-os em caixa de ressonância em relação ao problema da dengue. Ele informou estar preocupado com a grande quantidade de entulhos retirada das casas e isto reflete na proliferação do mosquito e dos casos da dengue. ‘Apesar de estarmos trabalhando desde o final de 2.006, ainda estamos encontrando muita gente desinformada e não sensibilizada para a retirada dos criadouros’.
A expectativa, segundo o secretário, é que após este trabalho de contenção e conscientização que está sendo feito, haja redução do número de casos. Ele destacou que sem a participação das comunidades nas ações de combate à dengue, os resultados não serão satisfatórios. “Neste momento tem de prevalecer o bom senso e a disciplina e as pessoas têm de ter o hábito de não deixar o criadouro exposto, como os vasos de flores e água do cachorro, para não deixar o número de casos extrapolar”, concluiu.