A Secretaria de Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), comemoram, de 19 e 25 de maio, a Semana Internacional da Tireoide, com o objetivo de conscientizar a população, bem como imprensa e profissionais de saúde, sobre a tireoide e seus distúrbios.

O tema da campanha deste anos é "Tenho nódulo na tireoide e agora?" Para marcar o período, em Piracicaba, no dia 24, quarta-feira próxima, será realizado o dia da "Palpação da Tireoide", das 9h às 12 horas e das 13h30 às 16 horas, no centro de especialidades, atrás do Mercado Municipal, sob a coordenação do Dr Luis Carlos Casseb Filho, Médico Endocrinologista e coordenador da campanha na cidade. A participação é livre a todos os interessados.

A tireoide em uma glândula com formato de borboleta, fica na região anterior do pescoço e produz o hormônio da tireoide (T4 e T3), responsável pelo controle do metabolismo do corpo. Pesquisas confirmam que 95% dos nódulos na tireoide são benignos, ou seja, não são sintoma de câncer. Ou outros 5% são malignos. No entanto, têm um prognóstico muito bom e em quase sua totalidade são 100% curáveis.

Assim, uma tireóide hipoativa (hipotireoidismo) ou hiperativa (hipertireoidismo) pode causar uma gama de sinais e manifestações clínicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, porque os sintomas podem ser leves ou inespecíficos, o diagnóstico é muitas vezes confundido com outras condições e não realizado.

De acordo com a SBEM, estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas sofram de disfunções da tireoide em todo o mundo, sendo que mais da metade desconhecem sua condição. As mulheres em particular e os idosos são mais suscetíveis às doenças da tireoide.

No idoso, os sintomas dos distúrbios da tireoide podem ser confundidos com os da própria idade e não serem adequadamente tratados. Os distúrbios funcionais da glândula, se não tratados, podem causar complicações graves, entre as quais doenças cardiovasculares. Podem ainda afetar a gestação e o feto em desenvolvimento. Por outro lado, as disfunções da tireoide podem ser facilmente detectadas, através de um exame, o TSH, que avalia os níveis séricos do hormônio estimulador da tireoide.

Um dos melhores métodos para se avaliar um nódulo detectado pela palpação é o uso do ultrassom da tireoide. Exame muito sensível e mostra em detalhes a situação do nódulo, se há características benignas ou malignas. Caso necessário, realizar-se uma punção-biopsia aspirativa da tireoide.

Vale observar que a maioria dos nódulos da tireoide não apresenta sintoma físico, pois são assintomáticos. Mas há casos raros de nódulos que podem produzir excesso de hormônio da tireoide, mas que são facilmente diagnosticados com exame de sangue e cintilografia.

Se os nódulos forem malignos, o tratamento é cirúrgico e, se necessário, complementado com iodoterapia. Já se os nódulos benignos, como medida de precaução, continuarão sendo acompanhados por meio de exames anuais. (ultrassom e dosagens hormonais). A orientação dos especialistas é: Sempre que tiver dúvidas consulte o seu médico ou procure um endocrinologista.