Pelo segundo ano consecutivo, Piracicaba vai receber premiação pelo êxito na realização da Campanha de Busca Ativa de Sintomático Respiratório (Tuberculose) oferecida pelo Governo do Estado de São Paulo. O primeiro reconhecimento aconteceu no ano passado pelas atividades desenvolvidas em 2022 e, agora, pelos trabalhos realizados em 2023 nas ações de busca ativa que acontecem duas vezes ao ano. O anúncio foi realizado pela Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, durante vídeo-conferência na manhã desta segunda-feira, 25/03.
Conforme explica a enfermeira Poliana Garcia, interlocutora do programa de Tuberculose e Hanseníase de Piracicaba, a Campanha realizada em 2023 tinha como meta a realização de 730 amostras nas duas fases da campanha e Piracicaba superou a meta com 1.020 amostras coletadas nos dois períodos. “A busca ativa é uma atividade primordial para o controle da doença já que consiste em perguntar a todas as pessoas nos serviços de saúde/consultórios, nas ruas, nas visitas domiciliares, nos eventos com a comunidade, sobre a presença de tosse e do tempo de duração. A meta proposta pelo Estado era a coleta de 365 amostras de escarro em cada fase da campanha que aconteceu nos meses de março e setembro do ano passado. Foram coletadas 510 amostras em cada fase da campanha no município”, disse.
RECONHECIMENTO – Antes mesmo do aviso do Estado sobre a nova premiação estadual, a Secretaria de Saúde certificou as três melhores equipes que participaram da Campanha em 2023, por meio do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, vinculado ao Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas), em parceria com o Departamento de Atenção Básica (DAB). Os destaques ficaram para as Unidades de Saúde da Família (USFs) Bosques do Lenheiro (1 e 2) e do Consultório na Rua. A entrega dos certificados de reconhecimento aconteceram nos dias 21 e 22/03.
De acordo com Poliana, os destaques ficaram para a USF Bosques 1 com 167 amostras, seguida do Consultório na Rua com 164 amostras e a USF Bosques 2 com 125 amostras nas duas fases da campanha. “Importante ressaltar que temos 75 unidades básicas no município e estas três unidades foram responsáveis por 44,71% das amostras coletadas, mostrando o comprometimento e ação delas para o diagnóstico da doença e assim interromper a cadeia de transmissão”, completou.
TRATAMENTO – A tuberculose tem cura e o tratamento dura no mínimo seis meses. É gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A estratégia do tratamento, é o Tratamento Diretamente Observado (TDO), que consiste na ingestão diária dos medicamentos da tuberculose pelo paciente, sob a observação de um profissional da equipe de saúde.
TRANSMISSÃO – A transmissão se dá pelas vias áreas, a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e principalmente ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos e que podem ser aspirados por outros indivíduos levando à infecção.