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Saúde e Creci-SP iniciam ação conjunta de combate à dengue

No primeiro dia foram visitadas 62 residências que estavam fechadas; deste total, apenas 8% tinha recipientes com larvas do mosquito Aedes

Por CCS / Publicado em 13/08/2025
Tempo de leitura: 7 minutos.
dois homens estão agachados colando adesivo para tampar ralos e evitar criadouros da dengue
Agente de Saúde e fiscal do Creci-SP tampam ralo com adesivo da campanha estadual realizada pelo Conselho

Equipes do PMCA (Plano Municipal de Controle do Aedes), vinculado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Secretaria Municipal de Saúde, e do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) deram início à operação especial de prevenção, combate e conscientização contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – que vai visitar mais de 100 imóveis fechados na região Sul da cidade, em bairros como Água Branca, Astúrias, Pauliceia e 1º de Maio, de hoje, 13, até amanhã, 14/08.

Nesta quarta-feira, 13/08, foram visitadas 62 casas, onde 53% tinha algum recipiente que poderia ser criadouro do mosquito; 63% dos imóveis tinha algum ponto com água parada, e em apenas 8% tinha recipientes com larvas do mosquito. Mais de 30 pessoas, entre agente de combate à dengue, corretor de imóveis e fiscal do Creci-SP, formaram 10 equipes que uniram forças para vistoriar imóveis desocupados disponíveis para venda ou locação para identificação e eliminação de criadouros do mosquito.

imagem mostra 30 pessoas reunidas em um circulo em uma quadra esportiva ou salão de festas. As pessoas prestam atenção na fala de uma homem, branco, vestido com roupas sociais e gesticula as mãos
Equipes de agentes de saúde, fiscais do Creci-SP e corretores de imóveis se reuniram no Varejão do bairro Água Branca

Conforme lembrou Marco Aurélio Rios Fernandes, chefe das delegacias do Creci-SP no Estado, outro objetivo da ação é treinar colaboradores do Creci-SP e de imobiliárias para identificar e sanar os riscos de proliferação do mosquito nos imóveis fechados. “As imobiliárias da cidade foram mobilizadas para acompanhar os trabalhos e abrir os imóveis vazios, permitindo a entrada das equipes. Durante as vistorias eles também recebem dicas e orientações importantes sobre como fazer o controle dos criadouros da dengue nestes imóveis”, afirmou.

Pelo volume de pessoas envolvidas, a ação pode ser considerada inédita na região. “Assim como já realizamos em outras regiões mais distantes daqui, vamos aproveitar o engajamento dos envolvidos para tentar transformar a iniciativa em um projeto-piloto que poderá, a partir de Piracicaba, ser replicado em outras cidades do Estado de São Paulo, por meio da iniciativa do Creci-SP junto ao poder público”, completou.

Uma mulher de blusa xadrez cobra um ralo com adesivo
Agente de Saúde usa adesivo para tampar ralo em residência visitada neste primeiro dia de ação

Alexandra Vianna Praconi, proprietária de um dos imóveis fiscalizados na manhã desta quarta-feira, destacou que a ação vem em hora oportuna. “É uma ação importante para alertar a população de que cada um tem a responsabilidade de fazer a sua parte no combate à dengue. Aqui mantenho sempre tudo bem organizado, porém, como a casa não está ocupada, as vezes um ralo aberto ou até mesmo o sifão de uma pia com um pouco de água já é um local para procriação do Aedes. Por isso que reafirmo ser melhor prevenir que remediar mais tarde”, afirmou.

a imagem mostra uma mulher de pele parda, cabelo pretos lisos, sorridente e usando blusa marrom e colar prateado posa para fotografia em frente a uma residência com portão branco
Alexandra Viana abrir imóvel da família para que as equipes pudessem fazer a vistoria

O coordenador do PMCA, Sebastião Amaral Campos, o Tom, salientou que durante as ações as equipes fazem a instalação de tapa-ralos e selos de vistoria nas propriedades inspecionadas, como forma de prevenção e controle. “Além disso, os agentes da dengue também fazem aplicação de larvicida, remoção de pratos de vasos quando necessários para evitar criadouros”, apontou.

Tom destacou também que agora é momento ideal para combater o Aedes. “Neste período o mosquito se reproduz menos por causa do frio. Desta forma, este período é o mais indicado para fazer o combate para diminuir a presença deles no ambiente, assim, quando chegar o calor, teremos menos mosquitos para combater e, de certa forma, maior controle sobre a disseminação das doenças causadas por ele”, completou.

imagem mostra dois agentes fiscalizadores colocando um adesivo com os dizeres "fiscalizado" na parede
Casas vistoriadas receberam um selo de certificação de que não há foco da dengue no local

NÚMEROS – De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE), de 01/01 a 12/08/25 – em dados provisórios – foram 22.217 notificações para a dengue, com 5.946 casos positivos e quatro óbitos. Em dados consolidados, no mesmo período de 2024, foram 59.047 notificações, 29.102 casos confirmados e 16 óbitos. Em 2023, foram 12.646 notificações, 2.897 confirmações e três óbitos.

VACINAÇÃO – A aplicação da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes na faixa etária entre 10 e 14 anos segue em Piracicaba. Para receber o imunizante é necessário apresentar documento de identificação com foto, Cartão Pira Cidadão ou Cartão Nacional do SUS. A imunização acontece em todas as Unidades Básicas de Saúde da cidade e Unidades de Saúde da Família (USFs), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h (exceto UBS Paulista). A imunização é composta por duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.

dois homens e uma mulher estão próximo a uma parede com uma pia e um ralo aparente, eles exercem ato de fiscalização ou algo similar
Agentes fazem fiscalização para localização de focos ou criadouros da dengue em casa na região Sul da cidade

PREVENÇÃO – Entre os cuidados mais importantes para a prevenção da dengue estão o uso de repelente, principalmente em lugares fechados; eliminação de focos de água parada; manutenção de pratos de vasos de flores e plantas com areia até a borda; guardar garrafas com a boca virada para baixo; limpeza constante das calhas; não jogar lixo em terrenos baldios; manutenção do lixo sempre em sacos fechados; manter baldes e caixa d’água devidamente tampados e piscinas com uso de cloro; não deixar acumular água em pneus; furar latas de alumínio antes de serem descartadas para não acumular água e lavar bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana.

Em caso de suspeita da doença, a orientação é entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima da residência e jamais utilizar medicação por conta própria.


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