A Secretaria de Saúde está contratando 14 médicos para compor a rede de atendimento do SUS. São 5 generalistas, 5 clínicos, 1 cardiologista, 2 urologistas e 1 reumatologista. A maioria vai trabalhar na Atenção Básica (USF, UBS e CRAB). A expectativa da pasta é que todo o processo de admissão se conclua em 30 dias. Assim, esses profissionais assumiriam seus postos em agosto. Os generalistas, de 40 horas semanais cada, vão para as seguintes USFs: Santa Rosa, Industrial, Paineiras, Tupi e Santa Rita. Os clínicos, de 20 horas semanais cada, terão suas cargas horárias distribuídas entre os CRABs Piracicamirim, Santa Teresinha, Vila Rezende e Vila Sônia e as UBSs Alvorada, Balbo, Caxambu e Esplanada. s médicos especialistas vão para o Centro de Especialidades, no Postão, atrás do Mercado Municipal. De acordo com a coordenadora médica da Atenção Básica, Anay Ferrer, há a possibilidade de o cardiologista ser deslocado para um CRAB. “Estamos levantando a unidade em que há maior demanda pelo serviço”, disse. O secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, considera as contratações uma grande conquista para a rede pública. “Temos que levar em consideração o momento econômico do país, a queda na receita municipal e a preocupação do prefeito Barjas Negri em melhorar a qualidade do SUS em Piracicaba, exatamente por saber que em momentos de crise a população tende a procurar com mais frequência ajuda de profissionais da saúde”. Pedro Mello disse também que para que esses profissionais serem contratados, foi necessário um grande esforço financeiro para priorizar a saúde com os recursos disponíveis, que são escassos. “É uma decisão estratégica, que demonstra a sensibilidade do getor público” explicou. De forma geral, os médicos que estão chegando vão ocupar vagas de outros que se demitiram ou se aposentaram, além de dois que faleceram. Anay Ferrer explica que o objetivo das contratações e aumentar o acesso da população ao sistema público de saúde. “Com o aumento das consultas disponíveis, teremos uma agenda de atendimento mais dinâmica e, assim, a tendência é a redução no tempo de espera por vagas”. A expectativa também é que a ampliação dos serviços diminua o absenteísmo, que está na casa dos 20%. “Quando alguém falta à consulta, aquela vaga é perdida, o que prejudica muito o desempenho de toda a rede. Acreditamos que com o aumento do número de profissionais, a população terá que esperar menos para ser consultada e, com isso, faltará menos, otimizando os serviços”. Ainda de acordo com Anay, é fundamental que as pessoas se conscientizem sobre o desperdício de recursos públicos representado pelas faltas às consultas. “Todos os usuários SUS precisam ser corresponsáveis para que tenhamos um sistema eficiente. Caso a pessoa não possa comparecer à consulta, seja por qual motivo for, deve, em tempo hábil, ligar à unidade e dizer que não vai, para que sua vaga seja disponibilizada ao próximo da fila”. Para a coordenadora, cada falta significa hoje uma fila de espera sempre maior. “Porque as pessoas perdem as consultas e depois voltam à fila. Ou seja, o sistema opera com falhas e as pessoas são prejudicadas ao agirem sem a consciência de que elas provocaram a falha. E depois reclamam de que a fila está grande”, concluiu.