No primeiro quadrimestre deste ano, em relação ao primeiro quadrimestre de 2016, houve crescimento no número de vários procedimentos para diagnósticos, realizados pela Secretaria de Saúde, em atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). As explicações para a melhora de desempenho são diversas.
A mais preocupante, porque atinge fatia expressiva da população local, é a migração de pessoas que contavam com plano privado de saúde e, devido à perda do emprego por causa da crise econômica e à dificuldade de se reposicionar no mercado de trabalho, passaram a usar o SUS. Esse cenário tem exigido aumento de produtividade da rede pública de saúde.
De acordo com o secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, o maior desempenho da rede segue na contramão dos recursos para mantê-la, que têm decaído sistematicamente, conforme a arrecadação dos tributos municipais varia negativamente. “Temos de fazer mais com menos. Essa é a única filosofia possível para enfrentarmos a crise”, observou.
Em relação ao desempenho, o mais expressivo foi o volume de exames de raio-x, que saltou de 59.671 para 73.675 de um período para outro. Aumento de 23%. Os exames laboratoriais também tiveram boa diferença. De 410.693 no quadrimestre de 2016, passaram para 480.054 no mesmo trimestre deste ano. Uma produção 17% maior. A produção de Papanicolau seguiu essa tendência. De 6.425 exames no período, passou para 7.336. Alta de 14%.
Para a coordenadora médica da Atenção Básica, Anay Ferrer, com muito esforço e determinação a rede tem conseguido atender o aumento da demanda com a mesma estrutura física e de profissionais. “Há uma padrão de qualidade a ser mantido e todo o nosso empenho é para garantir a continuidade dos serviços”, disse.
Luís Fernando Barbosa, médico que também compõem a coordenação do Departamento da Atenção Básica (DAB), observa que no caso do Laboratório de Citopatologia houve, para análise do Papanicolau, um ajuste acertado da atual gestão que contribuiu para melhorar a qualidade do serviço. “Antes os exames eram terceirizados. Hoje, contamos com o nosso próprio laboratório. Isso facilita o controle e a melhoria do desempenho”.
Os procedimentos de fisioterapia também tiveram aumento compartivo nos períodos analisados, de pouco mais de 12%, passando de 30.180 no quadrimentre para 33.855. As mamografias saíram de 3.752 para 3.892, equivalente a uma alta aproximada de 4%. “Devemos trabalhar com o que temos. A crise tende a ser superada. Mas o momento é de ampliar a versatilidade e a capacidade de explorarmos melhor nossas potencialidades”, concluiu Pedro Mello.