Salão de Belas Artes premia artistas e reforça tradição cultural de Piracicaba
Evento, que chegou à 70ª edição, foi aberto na sexta-feira, 1º/08; exposição traz obras de 67 artistas na Pinacoteca Miguel Dutra
A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, realizou na sexta-feira, 1º/08, a cerimônia de abertura e premiação do 70º Salão de Belas Artes, na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, localizada no Armazém 14A do Parque do Engenho Central. O evento, que integra as comemorações dos 258 anos de Piracicaba, reuniu cerca de 180 pessoas, entre artistas premiados, representantes da comissão organizadora, jurados, autoridades e visitantes.

Nesta edição, foram selecionadas obras de 67 artistas de diversos estados do Brasil, com 110 obras escolhidas entre mais de 600 inscrições, reafirmando a relevância do Salão no cenário artístico nacional.
“O Salão de Belas Artes mostra a força e o talento dos artistas que participam, além de reforçar o papel de Piracicaba como polo cultural. É uma honra para a cidade sediar uma exposição que atrai olhares de todo o país e mantém viva nossa tradição artística”, observou o prefeito Helinho Zanatta, que já visitou a mostra.

Durante a abertura, o secretário municipal de Cultura, Carlos Alberto Lordello Beltrame, destacou a importância da longevidade do evento e agradeceu o apoio do prefeito Helinho Zanatta, fundamental para a realização da exposição. “Chegar à 70ª edição é a reafirmação de um dos mais longevos e respeitados salões de arte do país. O espaço abriga não apenas obras, mas memórias de gerações”, afirmou. Ele também agradeceu à equipe organizadora, lembrando que, desde a mudança para o Engenho Central, há um ano, mais de 50 mil pessoas já visitaram o local.

Carlos Eduardo Gatti Braga, que integra a comissão organizadora do Salão, afirmou que Piracicaba segue se consolidando como referência nacional nas artes. “O trabalho realizado aqui é contagiante”, disse. Élide Fernanda Guimarães, que também faz parte da comissão de organização, ressaltou a dedicação da equipe envolvida e a importância do público prestigiar a exposição.
PREMIAÇÃO – Durante a cerimônia de abertura foram anunciadas as 16 obras premiadas, além de três menções honrosas. A Medalha de Ouro foi para Carmelo Gentil Filho, com a obra No atelier; a Medalha de Prata ficou com Maurício Takiguti, autor de Enclausurado; e a Medalha de Bronze foi concedida a Maria Fernanda Cesário Peters, pela escultura Idílio cerebral.

Carmelo, que participa do Salão desde 1990, comemorou a conquista. “Já são mais de 45 anos de carreira e é uma honra vencer novamente aqui. Tenho um carinho especial por Piracicaba”, disse. Takiguti é de São Paulo e inscreveu obras pela terceira vez no salão. Ele destacou a importância do evento como um dos poucos espaços remanescentes de valorização da arte no país.
Maria Fernanda também celebrou o reconhecimento: “Receber esse prêmio é muito significativo. É uma motivação para continuar produzindo e evoluindo como artista”.

As menções honrosas foram concedidas a Clara de Andrada de Almeida (Éden Garden), Gilberto Alves Gomes (Getsêmani 2) e Rodrigo da Silva Barrales (Retratos Familiares 2).
Os prêmios aquisitivos da Prefeitura contemplaram as obras A benzedeira, de Mike Moreira de Souza; Curandeira, de Carla dos Santos Fernandes; A caveira e a rosa, de Fernando Barbosa Vivian; Vestido dourado, de Flávia Gomes Pedroni; Água pela vida, de Paulo Antônio Tosta; Mãe, de Rafael Vieira de Almeida; Mesa de trabalho, de Eduardo Averbach Rebouças; obra E, de Luana Bernardo Lopes, Obra Ambaí, de Márcia Menezes Kufel Carmona, Limões, de Hay Edley Meschiatti; e Engenho Piracicaba, de Francisco Xavier Rodrigues Lima.

Já os prêmios aquisitivos da Câmara Municipal foram concedidos às obras Uma certa verdade, de Regina Helena Ferraz Macedo; imagem captada por armadilha fotográfica no cerro do Jarau, de Hermes Alejandro Arnutti de Lá Porta; Anos 90, de Paulo Sérgio Marques; Retrato de Raquel, de Ricardo Ribeiro Soares; e Abrupto 1 e Abrupto 2, Edmar Osti.
PÚBLICO – O público também marcou presença e destacou a relevância do evento para o cenário cultural da cidade. O publicitário piracicabano Anthony Pagotto, que foi prestigiar o trabalho de uma amiga, participou pela segunda vez da abertura do Salão. Para ele, a iniciativa é fundamental para a cidade. “É muito importante ter o Salão de Belas Artes, não só por colocar Piracicaba no cenário cultural, mas também por incentivar a produção artística em todo o país”, afirmou.

Já a estudante Maria Luiza Marques Ramos, 19 anos, é de Goiânia/GO, e aproveitou a visita a familiares para conhecer a exposição. “Já vim ao Engenho várias vezes e gosto muito de arte. A Pinacoteca é um espaço com muita personalidade, combina com a história da cidade. Acho muito interessante Piracicaba ter essa bagagem e dar destaque para a cultura, isso torna a cidade única”, destacou.

SERVIÇO – O 70º Salão de Belas Artes de Piracicaba segue aberto para visitação gratuita até 05/10, de terça a domingo, das 9h às 17h, na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra (Av. Maurice Allain, s/n – Parque do Engenho Central). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3434-8600.
