Estação Ecológica Ibicatu tem bioma de Mata Atlântica e grande relevância para a Piracicaba e região Em reunião técnica realizada na última terça-feira, 21/06, representantes da Prefeitura de Piracicaba, professores, técnicos e especialistas de instituições de ensino, de ONGs, entidades de classe e membros da sociedade civil discutiram e definiram diretrizes para o desenvolvimento de projetos de educação ambiental para a Unidade de Conservação Estação Ecológica Ibicatu (EEI).

O evento foi realizado pela Fundação Florestal (FF), em parceria com a Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) e Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), como parte do calendário da Simapira 2022 (Semanas Integradas de Meio Ambiente de Piracicaba).

“A reunião teve participação de muitas pessoas e entidades interessadas na conservação de Ibicatu e no desenvolvimento sustentável de Piracicaba. A ação tem a importância de reunir esforços em torno desses objetivos. A expectativa agora é que a articulação institucional avance, com o despertar do interesse da sociedade, para que seja possível implementar o programa de educação ambiental”, ressalta o gestor da EEI, professor Antonio Álvaro Buso Júnior. Reunião Técnica definiu diretrizes para elaboração de projetos de educação ambiental focados em Ibicatu

Após a apresentação da área e do plano de manejo aos participantes, foi criado um grupo de trabalho que auxiliará a Estação Ecológica na realização das primeiras ações de educação ambiental que estão previstas no plano de manejo da unidade.

Segundo Kelly Monaco Coletti, assessora de projetos pedagógicos de educação ambiental da Secretaria Municipal de Educação (SME) e primeira-secretária do GMEA, o grupo de trabalho terá a finalidade de articular pessoas e instituições que possam contribuir com a Unidade de Conservação, por meio de ações que viabilizem a realização de atividades e a elaboração de programas de educação ambiental. “O grupo é composto por cidadãos, representantes do poder público, iniciativa privada, instituições de ensino, conselhos municipais e organizações da sociedade civil”, explica.

O grupo de trabalho deve ainda elaborar um documento técnico, contendo os projetos de educação ambiental para a Estação Ecológica. “Para elaborar esse documento, primeiramente, devemos fazer um diagnóstico da EEI Ibicatu e de seu entorno. Depois precisaremos avançar nas articulações com as instituições interessadas e mobilizar a participação e o interesse social. Só então teremos condições de elaborar e implementar o programa de educação ambiental”, explica Buso.

A reunião também definiu outras duas ações: uma visita técnica na unidade de conservação, para realização do diagnóstico, e uma roda de conversa com os moradores e proprietários que residem na zona de amortecimento da unidade, para identificar as demandas e oportunidades da educação ambiental na visão deles.

A ESTAÇÃO – A Estação Ecológica Ibicatu é uma unidade de conservação de proteção integral situada no município de Piracicaba, com área de 76,40 hectares, localizada na região centro-oeste de Piracicaba. Com bioma de Mata Atlântica, tem grande importância para a regularização climática, para manutenção dos recursos hídricos, para a estabilidade do solo, abrigo e alimentação da fauna e como fonte de diversos recursos vegetais da região.

Por ser uma unidade de conservação do grupo de Proteção Integral, tendo sido categorizada como Estação Ecológica, somente são permitidas pesquisas científicas e a visitação pública, via de regra, é proibida, permitindo-se somente quando com objetivos educacionais e de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo, nos termos do art. 9º, §2º da Lei Federal nº 9.985/00 (SNUC). Estação Ecológica Ibicatu tem mais de 76 hectares