Na próxima semana o Governo Municipal, por meio das secretarias municipais do Trabalho e Renda (Semtre) e de Obras, dará início à reforma do Camelódromo Central, que fica ao lado do Terminal Central de Integração (TCI). Conforme pesquisa realizada em 2015, circulam pelo local, em média, 160 mil pessoas/mês.
O prazo para a conclusão dos trabalhos é de seis meses, a partir do início do serviço. O valor da obra está estimado em R$ 493.989,97. As atividades no camelódromo não serão prejudicadas e o espaço continuará funcionando normalmente durante as obras.
O Camelódromo Central como é hoje e como vai ficar após a reforma
O contrato com a empresa M.G.Empreiteira e Construtora Ltda, que será responsável pelas intervenções, foi assinado recentemente pelo prefeito Gabriel Ferrato. A obra é antiga reivindicação dos permissionários que atuam naquele espaço.
Segundo Ferrato, a obra, além de acatar a reivindicação dos permissionários, visa melhorar a estrutura do atendimento à população. "Há necessidade também de revitalizar os espaços e esse é o objetivo da obra. Estamos preparando cada vez mais a cidade para melhor atender", afirmou o prefeito.
O secretário Carlos Beltrame, da Semtre, explica que a reforma será feita em duas etapas para não prejudicar o funcionamento do camelódromo, principalmente com a proximidade das festividades de final de ano. A primeira etapa contempla a área próxima à entrada da praça Enês Silveira Mello, ao lado da sede da Semuttran. O trabalho será concluído até o centro do prédio, onde funcionará uma área de alimentação. Os permissionários que estão ali serão realocados no outro lado. A área será isolada e o acesso principal ao espaço será pela entrada da rua D. Pedro I.
A segunda etapa contemplará a outra metade, retornando assim a entrada pela Praça Enês Silveira Mello e os permissionários que foram realocados voltarão ao seu posto original.
Beltrame reconhece que apesar dos transtornos que toda obra gera, terá um resultado compensatório e alcançará os objetivos de conforto e segurança, tanto para a população como para os permissionários. Consequentemente, atrairá mais clientes, com aumento das vendas.
Segundo o secretário, para não gerar dúvidas em relação à reforma, todos os detalhes foram explicados detalhadamente aos permissionários. “Nossa preocupação foi a de não prejudicá-los, principalmente com a proximidade das festas de final de ano, quando a expectativa é que as vendas aumentem. Por isso garantimos que o camelódromo não será fechado durante a intervenção”.
A permissionária Elisângela Jansen Pereira diz que a reforma era muito esperada e todos os comerciantes que atuam no espaço estão ansiosos para saber como ficará o local. “Com certeza a reforma vai melhorar o visual do camelódromo e, consequentemente, atrairá mais clientes e aumentará as vendas”, aposta.
A permissionária Elisângela Jansen Pereira
RAIO-X DA REFORMA – Toda estrutura metálica da cobertura e telhas serão trocadas, modernização do sistema de ventilação, iluminação e identidade visual. A rede de captação e condução de águas pluviais será refeita, receberá nova pintura interna e remodelação dos boxes.
As três fachadas – fachada 1, da praça Enês Silveira Mello, ao lado da sede da Semuttran; fachada 2, saída para rua Dom Pedro I, e fachada 3, saída para rua Dom Pedro II, que dão acesso à área de 985 metros quadrados, sendo 135 metros de comprimento, serão beneficiadas.
A intervenção levou em conta a necessidade de atender a uma antiga reivindicação dos permissionários, apresentada em reuniões com a equipe da Semtre, e se baseou também em pesquisa realizada pela Esalq-USP sobre o fluxo elevado de pessoas que circulam diariamente pelo local, o que enfatizou a importância de melhorias.
O estudo dessa intervenção e elaboração do projeto foi realizado pela empresa Construir – Projetos e Obras, com parceria dos arquitetos Kako Braga e Rodrigo Ueno, do escritório Braga Ueno Arquitetos, e apoio da Semob.
DESDE 1992 – Gerenciado pela Semtre, o camelódromo foi implantado em 1992, por meio do Decreto nº 5.941, de 18 de dezembro de 1992. Tem atualmente 57 boxes funcionando. A última intervenção naquele espaço foi em 2011, quando foi realizada uma reforma na cobertura do local, em virtude de goteiras, inundações, entre outros. Após essa data, foram efetuadas manutenções básicas, como substituições de telhas e lâmpadas, revisões na rede de esgoto e rede elétrica, entre outros pequenos serviços.
Entre as atividades ali desenvolvidas estão a comercialização de produtos diversos (roupas, brinquedos, produtos eletrônicos, bolsas, acessórios para celular, tênis, bijuterias, perfumes, entre outros), produtos alimentícios (salgados, doces, bolos, refrigerantes, água, espetinhos e caldos) e um box de chás naturais.
O interessado em ocupar um espaço no Camelódromo Central deve abrir processo na Semtre. Considerando que o número de interessados é grande e, com base na Lei Complementar 178/2006, é utilizada uma lista de espera, organizada por ordem cronológica de pedidos. Quando há um box disponível, o primeiro da lista é convocado que passará pelos trâmites necessários, ou seja, atualização do cadastro, apresentação do atestado médico, levantamento socioeconômico, visita domiciliar, entre outros – e, se estiver apto, ocupará o box.
A Semtre por meio de cursos de qualificação e palestras oferecidos gratuitamente pela secretaria, qualifica as pessoas que trabalham no espaço, bem como os demais ambulantes.