Com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Turismo, prossegue neste sábado (07), as festividades em louvor a São Benedito. A partir das 6 horas acontecerá alvorada, em frente à Igreja, repicar dos sinos, queima de fogos, celebração de abertura da festa. Às 17 horas, acontecerá a grande procissão luminosa e missa campal, celebrada pelo monsenhor Jamil Nassif Abid e Frei Frederico Lorenzi e em seguida, benção e distribuição de balas e participação do Grupo de Cavaleiros de Piracicaba.
Ainda neste sábado acontecerá a programação social, com abertura das barracas de cuscuz, espetinho, pastel, pratos prontos de doces e salgados, refrigerante e cerveja e barraca de prendas e lembranças. Às 19 horas haverá apresentação dos grupos Congada do Divino Espírito Santo e Congada de São Benedito, com coordenação de João Prata.
Quem foi São Benedito
São Benedito (ou São Bento, o Negro) – Santo da Igreja Católica Apostólica Romana. Descendente de escravos oriundos da Etiópia, São Benedito nasceu na Sicília, sul da Itália, em 1526, no seio de família pobre. Foi pastor de ovelhas e lavrador. Tinha o apelido de “mouro” pela cor de sua pele. Aos 18 anos de idade já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus e aos 21 um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de Assis o chamou para viver entre eles. Fez votos de pobreza, obediência e castidade e, coerentemente, caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações.
Cumprindo seu voto de obediência, depois de 17 anos entre os eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos. Sua piedade,sabedoria e santidade levaram seus irmãos de comunidade a elegê-lo Superior do Mosteiro, apesar de analfabeto e leigo, pois não havia sido ordenado sacerdote. Seus irmãos o consideravam iluminado pelo Espírito Santo, pois fazia muitas profecias. Ao terminar o tempo determinado como Superior, reassumiu com muita humildade mas com alegria suas atividades na cozinha do convento.
Sempre preocupado com os mais pobres do que ele, aqueles que não tinham nem o alimento diário, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: “Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?” E o santo humildemente respondeu: “Rosas, meu senhor!” e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior.
São Benedito morreu aos 63 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Reverenciado e amado no Brasil inteiro, é um dos santos mais populares do país, principalmente entre a população de origem africana, que o associa aos padecimentos do negro brasileiro.