Ao todo 6.300 crianças da rede de ensino serão contempladas em 2018 com os projetos Música nas Escolas e ABC do Dó, Ré, Mi. Frutos de parceria entre a OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) e Secretaria Municipal de Educação, as iniciativas serão retomadas em abril, como forma de proporcionar a formação, difusão e valorização cultural dos estudantes dos ensinos infantil e fundamental. Desde 2015, 21.500 alunos, com idade entre 6 e 10 anos, assistiram aos projetos.
Desde 2015, 21.500 alunos, com idade entre 6 e 10 anos, assistiram aos projetos
A Escola Professora Ilda Jenny Stolf Nogueira, no bairro Glebas Califórnia, é a primeira a receber o Música nas Escolas, na quarta-feira (25), em sessões às 9h e 10h. Na quinta (26), é a vez da Escola Alberto Thomazi, no Cruz Caiada, e na sexta (27), da Escola Maria Benedicta Penezi, no Campestre. Até novembro, quartetos de cordas, madeiras e metais visitam 21 escolas, num total de 1.223 crianças assistidas, e demostram a elas que qualquer gênero musical pode ser executado por uma orquestra. Desenvolvido no Teatro do Engenho, o projeto ABC do Dó, Ré, Mi tem sua estreia na sexta (27), às 9h e 10h, em sessões que serão assistidas por 800 crianças de oito escolas. Até novembro, o público chegará a 5.082 alunos. O espetáculo é uma mescla de show com concerto e conta com a participação de 18 instrumentistas da OSP, do ator Romualdo Sarcedo, intérprete do personagem Zé da Batata, e do violinista Luis Fernando Dutra, que interpreta o maestro. Segundo a secretária municipal de Educação, Angela Jorge Corrêa, os projetos constituem um diferencial na formação oferecida pelo município. “Ao observar uma orquestra, as crianças recebem valores como trabalho em equipe, responsabilidade e disciplina. A música é um elemento imprescindível, se aliada aos processos pedagógicos, para transmitir valores estéticos, cognitivos, emocionais e artísticos, além de aguçar a criatividade”, diz Angela. Diretor artístico e regente titular da OSP, o maestro Jamil Maluf elaborou os projetos a partir do diálogo com as coordenações de educação infantil e de ensino fundamental. “A intenção da Sinfônica de Piracicaba é a de formar público em música erudita e democratizar o acesso à cultura”, diz Jamil Maluf, que por três décadas desenvolveu projetos semelhantes na capital paulista, no Theatro Municipal de São Paulo, onde é regente da Orquestra Experimental de Repertório, por ele criada na década de 80. COMO FUNCIONA – No caso do Música nas Escolas, as aulas laboratórios começam com uma breve explanação sobre a história dos instrumentos e demonstração prática sobre seu funcionamento. Os alunos podem fazer perguntas e sentir de perto os instrumentos. Eles também ouvem músicas conhecidas, de temas de filmes ou desenhos, além de canções célebres da música erudita, todas com a intenção de provocar a percepção de que o gênero está próximo de suas rotinas. Ao costurar música e teatro, o projeto ABC do Dó, Ré, Mi tem seu roteiro ancorado na linguagem do humor. Um maestro e um ator cômico guiam a plateia pelo maravilhoso mundo dos sons. Instrumentos de brinquedo são incorporados e também são apresentadas canções conhecidas do público infantil. Além disso, os músicos apresentam a Suíte dos Comediantes, do compositor russo Dmitry Kabalevsky. O projeto foi criado em 2016 e tem o apoio da SemacTur (Secretaria Municipal da Ação Cultural e Turismo). Reconhecida por leis municipal e estadual como entidade de utilidade pública sem fins lucrativos, a OSP completou 118 anos. Desde março, desenvolve a temporada de concertos, sempre uma vez por mês e com entrada gratuita, no Teatro do Engenho. Em abril, foi lançado oficialmente o projeto Pequena Grande Orquestra, em que 40 alunos da Escola Municipal Professora Olívia Capranico, no bairro Mário Dedini, recebem aulas semanais de violino.