Portal do Município de Piracicaba

Projeto de escola municipal sobre qualidade da água é finalista do 9º Prêmio Ação pela Água

Alunos do Jardim II da EM Maria Benedicta Pereira Penezzi desenvolveram iniciativas de conscientização ambiental no lago da escola, onde vive a tartaruga Tata

Por CCS / Publicado em 21/10/2025
Tempo de leitura: 8 minutos.
Um grupo de crianças está reunido ao redor de um lago com água verde, sentadas em uma borda de pedras. Elas parecem estar observando algo no lago ou participando de uma atividade educativa. Algumas crianças estão inclinadas sobre a água, enquanto outras estão sentadas mais eretas. Ao fundo, há um prédio com paredes azuis e tijolos aparentes, e vegetação verde exuberante. Há também uma estátua de um gnomo verde sentada em uma pedra perto do lago. A cena sugere um ambiente escolar ou de recreação ao ar livre
As crianças e o pequeno lago onde tudo começou

Um lago e uma tartaruga chamada Tata foram o ponto de partida para o projeto Tata e crianças pequenas em: o mistério por trás do brilho do lago, desenvolvido pelos alunos do Jardim II da Escola Municipal Maria Benedicta Pereira Penezzi, localizada no bairro Campestre. Finalista na categoria E da 9ª edição do Prêmio Ação pela Água, promovido pelo Consórcio PCJ, a iniciativa teve como foco principal a qualidade da água do lago da escola e mobilizou toda a turma de 25 crianças, sob a orientação da professora Pamela Caroline Pereira, em atividades de conscientização ambiental.

A imagem mostra uma tartaruga nadando em água verde-amarelada. A tartaruga está parcialmente submersa, com sua carapaça marrom escura e listras amarelas visíveis acima da água. Sua cabeça, com olhos escuros e listras amarelas distintivas, está voltada para a câmera, emergindo da água. A superfície da água é reflexiva, com ondulações suaves que distorcem o reflexo do céu azul e das nuvens brancas. O ambiente parece ser um lago ou um tanque, com a luz do sol criando um brilho na água.
A tartaruga Tata, que deu nome ao projeto
A imagem mostra um grupo de crianças sentadas na grama em frente a um lago, com duas professoras atrás delas. As crianças parecem estar em idade escolar e vestem uniformes. Algumas delas estão sorrindo e olhando para a câmera, enquanto outras parecem mais distraídas. As professoras também sorriem para a câmera. O ambiente é um parque ou jardim, com árvores e vegetação ao redor. O lago tem pedras em sua borda e há uma pequena cascata. Há também uma decoração azul com um desenho mosaico ao lado do lago. O dia parece ensolarado.
Alunos do Jardim II da EM Maria Benedicta Pereira Penezzi desenvolveram o projeto Tata

Inspirado pela curiosidade das crianças e pelo desejo de compreender a natureza ao redor da escola, o projeto teve início com uma proposta simples: durante uma atividade de relaxamento, com a proposta de ouvir os sons da natureza, os alunos começaram a observar o lago. A partir daí, os “detetives da natureza” iniciaram uma jornada de descobertas, pesquisas e experimentações sobre a qualidade da água e os impactos para a natureza e os animais, sempre guiados pela professora.

“Começamos com o trabalho pensando na sustentabilidade. Entender que a criança é um ser natureza e que precisa ser incorporada à natureza por meio do que a gente tem no nosso território. E no território da escola temos o lago, no qual, durante uma prática de relaxamento, as crianças começaram a observar alguns resíduos orgânicos, como folhas e pequenos galhos, e inorgânicos. A partir desse olhar, iniciamos nossos contextos investigativos sobre como melhorar a qualidade da água”, contou Pamela.

O projeto incluiu pesquisas guiadas e visitas externas ao Museu da Água, ao Parque do Mirante e ao Zoológico Municipal, onde as crianças puderam observar e refletir sobre a presença de resíduos e o impacto deles na água e na vida dos animais. “Quando retornamos ao território escolar, começamos a pensar no que poderíamos fazer para melhorar a qualidade do lago. Em grupos, as crianças criaram protótipos — navios, barcos e submarinos — até que uma delas reuniu todos os elementos e criou o submarino-peixe, que recebeu o nome de Clara, porque, para eles, ele deixaria a água clara. Também conversamos sobre o que são resíduos e fizemos atividades de conscientização”, explicou a professora.

O pequeno Lucas Torrezan Chiarinelli, um dos participantes do projeto, explicou a função do submarino-peixe Clara. “Ele vai ajudar o lago da Tata. A ideia é que a água vai entrar no submarino — se estiver suja, acende vermelho; se estiver limpa, acende azul. E a água limpa serve para ajudar os peixes e a Tata, para que fiquem felizes”, disse.

A imagem mostra três crianças sorrindo e segurando um peixe feito de material reciclado. A criança do lado esquerdo é uma menina com cabelos escuros ondulados, usando uma camiseta branca com detalhes verdes e uma jaqueta azul amarrada na cintura. Ao lado dela, uma menina com tranças longas, vestindo uma blusa verde e calças coloridas, segura o peixe com as duas mãos. A criança do lado direito é um menino com cabelos loiros e cacheados, usando uma camiseta branca com estampa do Batman e calças escuras. Ele está fazendo um gesto com a mão. O peixe é feito de garrafas plásticas azuis, com detalhes verdes e pretos, e parece ter sido decorado com outros materiais reciclados. As crianças estão ao ar livre, em um gramado com árvores e arbustos ao fundo, sugerindo um ambiente escolar ou de lazer. Há outras pessoas desfocadas ao fundo.
Maíra, Maria Eduarda e Lucas com o submarino peixe Clara

Já Maria Eduarda Martins de Toledo afirmou que “resíduos orgânicos são restinhos da natureza e resíduos inorgânicos são aqueles que a natureza não faz e não guarda. Então nós cuidamos do lago, um dia tiramos folhas e resíduos, em outro dia achamos palitos e coisas que não eram para a Tata. Não podemos deixar que ela se machuque, porque ela é o nosso presente”.

Maíra Graça Franco de Souza também compartilhou sua experiência. “A gente ama muito a Tata e os peixes. O resíduo a gente aprendeu que tem que jogar no lixo. E eu falei para a mamãe e para o papai o que era o submarino e tudo que fizemos na escola. Eu gostei de aprender a ver o lago da Tata, porque a Tata é muito fofinha”, completou.

A imagem mostra duas crianças em uma sala de aula, provavelmente em uma atividade científica. Elas estão segurando duas garrafas plásticas transparentes com líquidos. A criança da esquerda, uma menina com cabelo escuro preso e usando uma jaqueta azul e branca, está olhando atentamente para a garrafa em suas mãos. Esta garrafa contém um líquido transparente com muitas bolhas na parte superior, sugerindo que algo foi misturado ou agitado. A criança da direita, um menino com cabelo escuro e usando uma jaqueta azul, está ao lado dela, também olhando para as garrafas. Ele segura uma segunda garrafa, que contém um líquido de cor verde-amarelada, com alguns sedimentos no fundo. A tampa desta garrafa é vermelha, enquanto a outra é azul. As crianças parecem estar engajadas em uma demonstração ou experimento, possivelmente relacionado à separação de substâncias, reações químicas ou filtragem. O ambiente sugere uma sala de aula, com mesas verdes e outras crianças e materiais visíveis ao fundo.
Os “detetives da natureza” iniciaram uma jornada de descobertas, pesquisas e experimentações sobre a qualidade da água

O trabalho foi além: envolveu toda a escola, os pais e a comunidade, até conquistar um lugar entre os finalistas do prêmio Ação pela Água.

A imagem mostra um grupo de crianças e dois adultos sentados no chão em uma sala. As crianças estão vestidas com uniformes azuis com a palavra "Educação" escrita. Elas estão cercadas por tecidos coloridos, como azul, verde, amarelo e vermelho, e algumas caixas de papelão que parecem ser usadas em uma atividade. Um homem adulto, com barba e cabelo escuro, está em pé no centro da sala, de costas para a câmera, com as mãos nos quadris. Uma mulher adulta, com cabelo loiro, está sentada no chão à esquerda, interagindo com algumas crianças. Ao fundo, há uma mesa com materiais educativos, como livros e desenhos de peixes em um quadro. A sala parece ser um espaço de aprendizado, possivelmente uma sala de aula ou um centro de atividades para crianças. A iluminação é natural, vindo de uma janela ou porta de vidro ao fundo.
A turma de 25 alunos desenvolveram pesquisas e atividades de conscientização

Para a diretora da escola, Fabiana da Silva Figueiredo de Oliveira, participar do prêmio é uma oportunidade de demonstrar que os projetos escolares têm um alcance muito maior. “Engajam as crianças, as famílias e a escola toda. Participar do prêmio é resultado desse trabalho e o mais bonito é justamente ver tudo isso que o projeto gerou, em especial a conscientização sobre a água e o meio ambiente. Penso que, se desejamos um futuro melhor, o segredo está justamente em plantar essa semente nas crianças”, disse, lembrando ainda que o projeto Tatá foi pensado em concordância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O projeto Tata e crianças pequenas em: o mistério por trás do brilho do lago também é um dos cinco finalistas da Rede Municipal de Educação no Prêmio Nacional Liga Steam 2025.

O PRÊMIO – Promovido pelo Consórcio PCJ desde o ano 2000, o Ação pela Água tem como objetivo reconhecer, estimular e dar visibilidade às ações desenvolvidas nas Bacias PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) por instituições públicas e privadas, no sentido de recuperar, conservar ou melhorar a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos.

Além da EM Maria Benedicta Pereira Penezzi, a Prefeitura de Piracicaba tem outros dois projetos finalistas na premiação deste ano: o Projeto Preservando o Futuro, da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente; e o Projeto Bioensaio em Hydra attenuata, do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). A cerimônia de premiação acontecerá dia 28/11, no Jardim Botânico Plantarum, em Nova Odessa.


Secretarias e Outros órgãos

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar navegando, você concorda com nossa política de privacidade.