Ibicatu possui uma área de 76,4 hectares e abriga 289 espécies de plantas, com 171 espécies de árvores e 28 espécies constam ameaçadas de extinção Em oficina realizada na última segunda-feira, 19/06, representantes da Prefeitura de Piracicaba, professores, técnicos e especialistas de instituições de ensino, de ONGs, entidades de classe e membros da sociedade civil discutiram e definiram diretrizes para o desenvolvimento do programa de educação ambiental para a Unidade de Conservação Estação Ecológica Ibicatu (EEI).O evento aconteceu na biblioteca da Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP).
A atividade foi realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), o Governo do Estado de São Paulo, a Fundação Florestal (FF), Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, OSCIP Pira 21, Associação dos Amigos da Cidadania e do Meio Ambiente de Piracicaba (Amapira), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Grupo de Extensão e Pesquisa em Áreas Naturais Protegidas (Gepanp), Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/Esalq), EEP, Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba (Fumep) e Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA). Encontro definiu diretrizes para o desenvolvimento do programa de educação ambiental para a Estação Ecológica Ibicatu
A oficina, que integrou a programação da Simapira (Semanas Integradas de Meio Ambiente de Piracicaba), trabalhou quatro dimensões que irão compor o programa: educação não-formal, educação formal, infraestrutura e comunicação. O grupo definiu novos encontros com a proposta de aprofundar e detalhar ainda mais essas dimensões, pensando principalmente no diálogo e inter-relação com o Plano de Manejo da Estação Ecológica de Ibicatu e o Programa de Educação Ambiental da Fundação Florestal.
“A oficina foi bastante produtiva. Tivemos a participação de um bom número de pessoas, e pudemos avançar na construção do programa de educação ambiental. Em breve teremos uma outra reunião onde concluiremos as propostas. A construção do PEA da EEc Ibicatu, e sua implementação, propiciará alcançar de forma mais efetiva os objetivos da unidade de conservação”, ressaltou Antônio Álvaro Buso Junior, gestor da unidade.
Maria Luísa Bonazzi Palmieri, especialista ambiental do IPA, mencionou que a oficina propiciou trocas consistentes. “Foi um momento de construção conjunta, unindo pessoas de órgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino superior, ONGs e colegiados, com trocas e aprendizado coletivo”.
“Parte das atividades do programa de educação ambiental serão direcionadas a formações socioambientais e ao engajamento das comunidades do entorno da Unidade de Conservação. Vale ressaltar a relevância ecológica de Ibicatu, pois esta é a única unidade de proteção integral de Piracicaba, ou seja, que visa à preservação integral da natureza, sem qualquer uso direto de seus recursos naturais, sendo destinada exclusivamente à pesquisa e a atividades de educação ambiental”, explicou Bianca Torres, pesquisadora da Esalq/USP. Oficina reuniu representantes da Prefeitura, professores, técnicos e especialistas
IBICATU– O local que hoje é a Estação Ecológica de Ibicatu pertencia à Fazenda Pico Alto, antigo nome das fazendas Pau D’Alho e Boa Esperança, pertencentes ao Dr. Manoel de Moraes Barros, irmão do primeiro presidente civil do Brasil, Prudente de Moraes. A unidade de conservação, que possui uma área de 76,4 hectares, foi criada em 1987, e abriga 289 espécies de plantas, com 171 espécies de árvores e 28 espécies constam ameaçadas de extinção. Possui importante população de jequitibá-rosa, com indivíduos de grande porte, provavelmente as maiores e mais antigas árvores de Piracicaba.
SIMAPIRA –A programação das Semanas Integradas de Meio Ambiente (Simapira) segue até o dia 30/06, com diversas ações voltadas à área, como palestras, plantio de mudas, trilhas, cursos e oficinas. A programação completa pode ser acessada em: https://simap1.wixsite.com/simap/semana.