A Agência das Bacias PCJ, a Caixa Econômica e a Prefeitura de Piracicaba assinaram parceria que viabiliza o recebimento de verba de R$ 636.531,74 para restauração ecológica de 11 propriedades da microbacia do ribeirão dos Marins, que participam do Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais Preservando o Futuro (PSA).
Verba de R$ 636.531,74 será utilizada para plantio de mudas, cercamento e manutenção de propriedades
A verba é originária da cobrança pelo uso de recursos hídricos e o repasse será feito via Agência das Bacias PCJ. A microbacia do ribeirão dos Marins é uma potencial fonte de abastecimento de água para o município no futuro. A assinatura aconteceu na tarde de hoje, 12/08, no Gabinete do prefeito Barjas Negri.
Participaram da assinatura, além do prefeito Barjas Negri, o vice-prefeito, José Antonio de Godoy, o diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, o gerente de filial de Governo da Caixa, Márcio Antonio de Paula Capato, o secretário de Agricultura e Abastecimento, Camilo Barioni, o secretário de Defesa do Meio Ambiente, José Otávio Menten, o presidente da Câmara de Vereadores, Gilmar Rotta, e Evelise Moncaio Moda, engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Sema).
No total, serão plantadas aproximadamente 35.000 mudas de espécies nativas em 21 hectares de áreas de preservação permanente (APP), sendo que 19,79 hectares receberão o reflorestamento em área total e 1,21 hectare receberá o enriquecimento com espécies nativas, além do cercamento de 3.273 metros de áreas de proteção em locais com atividade pecuária. Os serviços serão feitos por empresa contratada por meio de licitação e o prazo de manutenção do plantio e demais serviços será de 3 anos.
O prefeito Barjas Negri ressaltou a importância do projeto para o município, já que tem como foco a microbacia dos Marins, que está as principais de Piracicaba. “É um bom projeto, um bom dinheiro, que possibilitará o plantio de muitas espécies para a preservação da mata ao longo das nascentes e mananciais, garantindo a proteção ambiental e os recursos hídricos”, destacou.
O edital da Política de Mananciais PCJ 2018, lançado em março de 2018, teve 11 municípios inscritos. Destes, somente Piracicaba e mais três (Artur Nogueira, Jaguariúna e Limeira) foram classificados e considerados aptos, de acordo com os critérios estabelecidos na Deliberação nº 285 dos Comitês PCJ.
“Os recursos financeiros do contrato assinado irão colaborar na recuperação do ribeirão dos Marins, que no futuro poderá ser utilizado para o abastecimento de Piracicaba. Já existe um Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, patrocinado pela Prefeitura de Piracicaba, e estes recursos devem complementar a implantação de plantio de árvores, cercas, entre outras atividades que certamente vão coroar o programa de sucesso”, afirma o diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera.
O repasse será operacionalizado pela Sema, com o apoio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e do Instituto de Pesquisas e Planejamento (Ipplap).
ÁGUA NO FUTURO – A microbacia do ribeirão dos Marins é uma das sete prioritárias para a preservação, de acordo com estudo da empresa Irrigart, de 2010, para elaboração do Plano Municipal de Gestão de Recursos Hídricos. O ribeirão dos Marins tem aproximadamente 25 km de extensão. Sua nascente está localizada no município de Piracicaba, entre o bairro rural Sete Barrocas. Sua foz é o rio Piracicaba, entre o bairro rural Pau D'Alhinho e o urbano Ondinhas. De acordo com informações da Sema, a importância dos Marins é reforçada pelo número de localidades pelas quais passa. No sentido nascente-foz, cruza o Sete Barrocas, Passa Cinco, Serrote, Monjolinho, Volta Grande, Pau Queimado, Nova Suíça, Santo Antônio, Bangé e Pau D'Alhinho (rurais), além de cinco bairros urbanos, São Jorge, Morato, Glebas Califórnia, Jupiá e Ondinhas.
Além de ser uma das sete microbacias mais importantes, a dos Marins fica entre as quatro com potencial para abastecimento público futuro do município de Piracicaba, segundo estudo mais recente, de 2014, da empresa VM Engenharia.