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Prefeitura realiza tomografia na Sapucaia para avaliar saúde da árvore

Procedimento técnico auxilia na definição de medidas de segurança e preservação da espécie, que é patrimônio de Piracicaba

Por CCS / Publicado em 18/12/2025
Tempo de leitura: 6 minutos.
A imagem mostra duas pessoas em um ambiente externo, possivelmente um parque ou área arborizada, examinando uma árvore grande. * A pessoa à esquerda está agachada, vestindo um uniforme verde com capacete verde e protetores auriculares. Ela parece estar medindo algo na base da árvore com uma fita métrica amarela e um dispositivo. * A pessoa à direita está sentada, usando um capacete branco com protetores auriculares e uma bandana verde com um padrão repetitivo. Ela está olhando para um laptop aberto, que está apoiado em seu colo. * A árvore em primeiro plano é muito grande e tem uma casca grossa e texturizada. Há galhos caídos e folhas no chão ao redor da base da árvore, sugerindo que pode ter havido algum tipo de serviço de poda ou manutenção. * Ao fundo, é possível ver bancos vermelhos e mais árvores, além de uma estrutura que pode ser um edifício. O ambiente parece ser um dia claro, com luz natural iluminando a cena. * Há também cordas enroladas no chão, que podem ser equipamentos de escalada ou de trabalho em altura, comumente usados por arboristas ou equipes de manutenção de árvores.
Procedimento técnico auxilia na definição de medidas de segurança e preservação da espécie, que é patrimônio de Piracicaba

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos, realizou hoje, 18/12, uma vistoria técnica com tomografia na Sapucaia, árvore localizada na rua Moraes Barros, esquina com a avenida Independência. O procedimento foi executado por técnicos da empresa Engemaia, terceirizada da Pasta, com o objetivo de avaliar a saúde da espécie e identificar a necessidade de intervenções, como poda preventiva.

A imagem mostra duas pessoas em um ambiente externo, possivelmente um parque ou área arborizada, examinando uma árvore grande. * A pessoa à esquerda está agachada, vestindo um uniforme verde com capacete verde e protetores auriculares. Ela parece estar medindo algo na base da árvore com uma fita métrica amarela e um dispositivo. * A pessoa à direita está sentada, usando um capacete branco com protetores auriculares e uma bandana verde com um padrão repetitivo. Ela está olhando para um laptop aberto, que está apoiado em seu colo. * A árvore em primeiro plano é muito grande e tem uma casca grossa e texturizada. Há galhos caídos e folhas no chão ao redor da base da árvore, sugerindo que pode ter havido algum tipo de serviço de poda ou manutenção. * Ao fundo, é possível ver bancos vermelhos e mais árvores, além de uma estrutura que pode ser um edifício. O ambiente parece ser um dia claro, com luz natural iluminando a cena. * Há também cordas enroladas no chão, que podem ser equipamentos de escalada ou de trabalho em altura, comumente usados por arboristas ou equipes de manutenção de árvores.
Prefeitura realiza tomografia na Sapucaia para avaliar saúde da árvore

A análise teve aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac), uma vez que a Sapucaia é tombada como patrimônio da cidade e reconhecida como árvore-símbolo do município (leia abaixo). O exame por tomografia permite a avaliação da estrutura interna do tronco, contribuindo para um diagnóstico mais preciso das condições da árvore e para a definição das medidas técnicas adequadas à sua preservação.

A Sapucaia é um exemplar centenário, com aproximadamente 12 metros de altura, e passa periodicamente por avaliações técnicas com o objetivo de manter sua saúde e sua imponência. A última tomografia havia sido realizada em 2023, seguindo o protocolo de monitoramento contínuo aplicado a árvores de grande porte e relevância histórica.

Segundo Rogério de Oliveira, engenheiro florestal e técnico da Engemaia, a Sapucaia apresenta boas condições de saúde em sua estrutura principal. “A tomografia realizada na base do colo e no tronco indica que a madeira está saudável, com resultado muito semelhante ao exame feito há dois anos. Não foram identificadas alterações significativas nessa região”, explicou.

A imagem mostra duas pessoas, possivelmente cientistas ou arboristas, trabalhando ao lado de uma grande árvore. A pessoa em primeiro plano está vestida com uma camiseta vermelha por cima de uma camisa azul, usa um capacete branco com protetor facial transparente e protetores auriculares vermelhos, além de uma bandana verde com estampa branca. Ela segura um laptop prateado, aparentemente registrando dados ou observações. Na tela do laptop, observa-se uma imagem escura, possivelmente mostrando o interior ou uma parte danificada da árvore. A outra pessoa, ao fundo, usa um capacete verde e uma camisa azul, também observando a árvore. O tronco da árvore é grosso e tem uma textura áspera. Preso ao tronco, há uma tábua de madeira horizontal e vários pequenos dispositivos brancos conectados por fios, que parecem ser sensores para monitoramento. Uma fita métrica amarela está esticada no chão ao redor da base da árvore. Ao fundo, há uma cerca de proteção amarela, alguns carros estacionados e uma construção com um mural pintado. O ambiente parece ser externo, com chão coberto por folhas secas e terra, e o clima está nublado, com luz difusa.
Segundo Rogério de Oliveira, engenheiro florestal e técnico da Engemaia, a Sapucaia apresenta boas condições de saúde em sua estrutura principal

Ele acrescentou que a próxima etapa será a realização de penetrografia nos galhos, nas áreas de junção. “Esse procedimento será executado para avaliar de forma mais detalhada a condição dos galhos. Mas, até o momento, os resultados mostram que o tronco e a base da árvore estão saudáveis”, completou.

A penetrografia em árvores é uma técnica de diagnóstico não destrutiva que usa um aparelho com uma agulha fina para medir a resistência da madeira, revelando a qualidade interna, cavidades, podridão e integridade estrutural da árvore, ajudando a avaliar riscos de queda e a saúde do vegetal de forma precisa, complementando a tomografia.

A vistoria integra o acompanhamento iniciado após a identificação de uma rachadura em um dos galhos da árvore. Ontem, 17/12, o secretário de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos, Luciano Celêncio, e o presidente do Codepac, o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Alvaro Saviani, estiveram no local com especialistas em manejo arbóreo e representantes do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP) para avaliação técnica da espécie.

De acordo com análises preliminares, é possível que a árvore tenha sido acometida por um fungo na região de cisalhamento, o que provocou o enfraquecimento de um de seus galhos. Com a ação do vento, o galho sofreu torção e acabou se rompendo, tornando necessária sua retirada para evitar riscos à população.

Como medida preventiva, a área foi interditada e a empresa responsável acionada para executar a retirada do galho comprometido. Após a remoção, será realizado tratamento com fungicida no local afetado.

Por se tratar de um bem tombado, todas as intervenções contam com autorização formal do Codepac e seguem critérios técnicos e legais rigorosos. A Prefeitura de Piracicaba reforça que as ações visam garantir a segurança da população e, ao mesmo tempo, preservar o patrimônio ambiental e histórico representado pela Sapucaia.

“Trata-se de um patrimônio ambiental e histórico da cidade, e todas as decisões precisam ser tomadas com base em critérios técnicos, priorizando a segurança da população e a preservação da árvore”, reforçou Celêncio.

PATRIMÔNIO – A Sapucaia, que completou seu centenário em 2018, é árvore-símbolo de Piracicaba e foi tombada como Patrimônio Histórico e Cultural em 12 de novembro de 2004, por meio do Decreto nº 10.935. Em 2009 foi tornada imune ao corte pelo decreto 13.354.

Foi plantada em 1918, como forma de celebração pelo fim da Primeira Guerra Mundial, por Antonio Caprânico; ele próprio trouxe de sua fazenda várias mudas de sapucaia e veio plantando pelo caminho, até chegar a Piracicaba. De todas, só a da avenida Independência com a rua Moraes Barros, local onde havia um bosque, acima da casa da família, resistiu. O bosque, depois, deu lugar ao Estádio Barão da Serra Negra.


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