A Prefeitura Municipal de Piracicaba e o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) assinam amanhã, 22, o convênio de gestão do Parque Tecnológico Piracicaba – Bioenergia, em solenidade no gabinete do prefeito Barjas Negri, no Centro Cívico, às 10h30. O evento contará com a presença do presidente do Apla, Tarcisio Mascarim, do presidente do Conselho Estratégico do Apla, José Antonio de Godoy e do secretário-executivo do Apla, Flávio Castelar. Está prevista, ainda, a participação de representantes de entidades parceiras, entre outras autoridades.

Anunciado em 2006, o Parque Tecnológico Piracicaba está inserido em programa do Governo do Estado de São Paulo para direcionar investimentos em pesquisa e inovação tecnológica e estimular a cooperação entre instituições, universidades e empresas. A estrutura aproveita a vocação da região onde está instalado e, no caso de Piracicaba, as ações são voltadas à Bioenergia. Assim, por reunir todos os elos da cadeia produtiva do setor de bioenergia, o Apla foi escolhido como gestor. Já estão negociadas 12 empresas e a previsão é de que as instalações comecem em abril.

“A assinatura do convênio representa novo incentivo à inovação tecnológica para o setor sucroenergético”, avalia Tarcísio Ângelo Mascarim, presidente do Apla. Com área total de 688.274,64 metros quadrados, o Parque Tecnológico Piracicaba divide-se entre 469.276,64 m2 de área privada, 170 mil m2 de área pública, 21 mil m2 do Instituto Federal de Educação Superior (IFESP), 15 mil m2 do Núcleo Administrativo e 13 mil m2 da Faculdade de Tecnologia (Fatec).

De acordo com o convênio, compete à Prefeitura Municipal repassar anualmente aos gestores cerca de R$ 250 mil ao longo de quatro anos. A expectativa é que depois deste período o Parque Tecnológico Piracicaba consiga manter-se com renda própria do aluguel dos espaços, do condomínio pago pelas empresas e pelo aluguel do anfiteatro e sala de reunião para eventos.

Localizado às margens da Rodovia Laécio Corte (SP 147), próximo à Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (Esalq/USP) e o Parque Automotivo, onde está a montadora sul-coreana Hyundai, o Parque Tecnológico Piracicaba envolve a entidade gestora; universidades, laboratórios e centros de pesquisa; incubadora de empresas; empresas de serviços técnicos especializados; e usina de biomassa. A estrutura conta com auditório para 193 lugares, salas de administração e reunião, biblioteca, sala de treinamento, 24 módulos de 43 m2 para abrir empresas, três laboratórios de uso comum e quatro módulos para pré-incubadas.

O secretário-executivo do Apla, Flávio Castelar, destaca que há necessidade de se trabalhar fortemente a inovação no setor e que, para otimizar esta ação, é fundamental ambiente onde a iniciativa privada e a academia pudessem trabalhar juntos. Assim, esta necessidade hoje se materializa com o Parque Tecnológico Piracicaba. “É mais uma das ações do planejamento estratégico do Apla tornando-se realidade e esta ação é fruto de parceria do Município de Piracicaba e Governo do Estado de São Paulo”, disse.

O Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) envolve 23 usinas, 96 indústrias, cinco instituições de ensino e pesquisa, 19 entidades públicas e privadas, com capacidade de processar a uma safra de 60 milhões de toneladas de cana de açúcar por safra, produção de 2,2 milhões de litros de etanol e 3 milhões de toneladas de açúcar.

NÚCLEO DE PESQUISAS – O Parque Tecnológico tem capacidade para abrigar 23 empresas em boxes de 40 m² integrantes do Núcleo de Pesquisas, que já está mobiliado e equipado graças aos investimentos de cerca de R$ 360 mil administrados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Semdec). O objetivo do Núcleo é disponibilizar espaços para abrigar as empresas nacionais e internacionais de base tecnológica, proporcionando ambiente ideal para o desenvolvimento de produtos de alta qualidade e às pesquisas. As empresas interessadas em iniciar as atividades no local são orientadas pela Semdec que lhes fornece informações sobre incentivos fiscais previstos na Lei 6.621/2009.