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Prefeitura conclui limpeza do lago Marcelo, no Horto de Tupi

Por Comunicação Social / Publicado em 14/07/2022
Tempo de leitura: 4 minutos.

95% do espelho d’água do lago está livre das macrófitas A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), concluiu a ação de limpeza no lago Marcelo, na Estação Experimental de Tupi, o Horto de Tupi. O objetivo foi de retirar parte das macrófitas, plantas aquáticas que cobrem a superfície do lago e diminuem a incidência de luz, o que, consequentemente, diminui a biodiversidade.

A força-tarefa de limpeza contou com a organização da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), além do apoio da Secretaria Municipal de Obras (Semob) e Defesa Civil, que cederam máquina, barco e equipe para os trabalhos.

De acordo com Giovanni Batista Campos, analista ambiental da Sedema e membro do Comitê Gestor do Horto de Tupi, 95% do espelho d’água do lago está livre das macrófitas. “Os resquícios das plantas que ficaram estão sendo retirados aos poucos, em um trabalho de manutenção do lago. Foram cerca de 120 metros cúbicos de sedimentos e macrófitas retirados do lago. A expectativa é de que consigamos retirar o máximo possível do que restou até o fim da temporada de seca”, explica. Após a limpeza, trabalho de manutenção será realizado para retirada das poucas plantas que restam

A solicitação da limpeza foi feita pela Sedema em janeiro deste ano, por meio de ofício enviado ao Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sima), que, em conjunto com a Prefeitura, administra o espaço.

Após parecer técnico do Núcleo de Conservação da Biodiversidade do IPA, assinado pela pesquisadora científica Denise de Campos Bicudo, concluiu-se que o lago Marcelo apresentava proliferação de plantas aquáticas livres-flutuantes e que a solução mais indicada era a remoção mecânica e parcial das plantas – parte do lago ficará coberta, com as plantas confinadas em um determinado espaço. Todo o espelho d'água do Lago Marcelo ficou coberto pelas macrófitas

A remoção das macrófitas teve de ser parcial porque essas plantas também exercem função essencial para ambientes aquáticos. Se as plantas fossem removidas completamente, poderia ocorrer a eutrofização, que é quando cianobactérias, que são microalgas, tomam conta do espaço aquático, estimuladas pelo aumento de nutrientes na água. “Sendo assim, as macrófitas, quando controladas, conseguem impedir a eutrofização de ocorrer”, salienta Campos.

A causa provável dessa proliferação das macrófitas, de acordo com o parecer, seria a contaminação difusa por meio da área de drenagem (carreamento de nutrientes provenientes das culturas existentes ao redor do Horto de Tupi).

“É interessante observar que desde que a limpeza começou, os pássaros voltaram a aparecer ao lago”, completa o analista ambiental. Pássaros voltaram a frequentar o lago depois do início das ações de limpeza

Confira abaixo o antes e depois da limpeza:


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