Prefeitura apresenta hoje projeto do Teatro do Engenho Central
O prefeito Barjas Negri apresentou hoje (19) detalhes do projeto de restauração do Armazém 6 do Engenho Central, que será transformado num teatro com capacidade para 442 pessoas. Ele esteve acompanhado dos secretários municipais de Ação Cultural, Rosângela Camolese e de Obras, Arthur Ribeiro e do presidente do Instituto de Planejamento, arquiteto João Chaddad.A proposta de restauração é do arquiteto Marcelo Ferraz, do Escritório Brasil Arquitetura, que concluiu o projeto-executivo e inclui, além do restauro do prédio do Armazém 6, os projetos das redes hidráulica e elétrica, acústica, ar-condicionado e iluminação. A intenção da Prefeitura é iniciar neste ano o processo de licitação da obra orçada em R$ 6,8 milhões, sendo R$3 milhões investidos pelo Banco Santander e o restante previsto no orçamento de 2010.
De acordo com o projeto, o Armazém 6 do Engenho Central se tornará um amplo teatro, que será construído em dois pavimentos, além de restaurante e galerias que remontam ao “teatro elisabethano”. Outra novidade é de que o palco interno extrapolará a edificação do barracão e formará, com a praça Central do Engenho, uma ampla área de atividades culturais. O projeto foi elaborado sempre lembrando que o restauro deve deixar as marcas do tempo no galpão e também propondo soluções que permitam revelar o lado industrial da edificação. Conforme o projeto, a “nave central” será a do Teatro, que contará com cerca de 442 lugares, divididos nos pavimentos e nas galerias. As demais dependências abrigarão, de um lado, restaurante, bar, cozinha industrial, camarins, banheiros e hall e, do outro, sala de atividades multiuso, que pode tanto servir como espaço de ensaios, como para a hospedagem de escolas de música, artes cênicas, danças e outras. O projeto acústico do teatro é de José Augusto Nepomuceno, responsável pela acústica da Sala São Paulo. Após visitar o prédio, o prefeito Barjas Negri lembrou que, nos seus programas de governo, estão colocados investimentos na recuperação do Engenho Central. Porém, o mais importante foi o acordo com a família Silva Gordo que garantiu a posse definitiva do imóvel. A Prefeitura já vinha investindo anualmente recursos para recuperar o Engenho, como a primeira etapa da infraestrutura, reforma dos sanitários e restauro do Armazém 14. Mas, neste ano, o prefeito Barjas Negri viabilizou mais duas grandes ações: restauração do Armazém 6 para sua transformação num teatro e a recuperação dos Armazéns 7-A, 7-B e 5 para a instalação do Museu do Açúcar. Está em execução a segunda etapa da infraestrutura do Engenho: calçamento, instalação subterrânea das redes de água, luz, esgoto, energia e telefonia e a recuperação do Armazém 14-A, este servirá como sede administrativa do complexo.
A secretária municipal da Ação Cultural, Rosângela Camolese, disse que é importante a execução deste projeto, que trará uso nobre para espaço tão significativo da cidade, como é o Engenho Central. Segundo Rosângela, o teatro também será utilizado como cinema, com preços populares. “Nós já recebemos cerca de 1000 pessoas por fim de semana, que vem ao Engenho somente para conhecer a tão famosa beleza arquitetônica do local. Nossa intenção é dar qualidade a estas visitas e conseqüentemente atrair mais público”.
Para o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba, João Chaddad, o investimento chega num momento significativo, porque a Prefeitura efetivamente assumiu o Engenho Central, quando fechou no ano passado acordo com os antigos proprietários do imóvel. “Com um espaço que agora é do nosso povo podemos investir e buscar parcerias para a restauração de outros prédios”.

RESUMO
Engenho Central – Teatro
442 lugares
Armazém 6 – 1.300 m2
Investimento: R$ 6,8 milhões
