Após um trabalho com tecnologia inédita na América Latina, o prefeito Gabriel Ferrato entrega amanhã (10), a partir das 19h, o mais novo cartão postal de Piracicaba: a Passarela Estaiada. Com 152m, a passagem sobre o Rio Piracicaba liga a avenida Beiro Rio ao Engenho Central. Seu vão estaiado tem 98m, com 4,2m de largura para a travessia de pedestres. Os mastros de 35m de altura, em cada margem, com inclinação de 30º, equiparáveis a um prédio de 10 andares. A estrutura receberá o nome o nome do médico Aninoel Dias Pacheco, que atuou como profissional por 41 anos na cidade. Na noite de quarta-feira (8) foram realizados os últimos testes na iluminação: 11 luminárias fixadas em postes e 28 projetores de luz instalados nas bordas da passarela, com sistema RGB que permite a mudança de cores compõem o sistema. Toda iluminação é feita com led, que consomem metade da energia das lâmpadas convencionais e tem a vida útil 60% maior. As cores podem variar entre verde, azul, amarelo, vermelho e rosa. A distribuição de luminárias e a intensidade foram calculadas para evitar pontos escuros na travessia. Por meio de programação, são estipulados horários para ligar e desligar a iluminação, de acordo com o pôr e nascer do sol, a fim de economizar energia. “Nossa preocupação com o meio ambiente foi constante. Sem vigas no meio do rio e a preservação ao máximo da mata ciliar, houve baixo impacto ambiental”, contou Arthur Ribeiro, secretário de Obras. Outro trabalho finalizado foi a construção de rampas de acesso para pessoas com dificuldades motoras. Com isso, a passarela estará liberada para uso durante a 30ª Festa das Nações. Sua utilização fica a critério da organização do evento. Obra em detalhes Sua forma aparente tem 3.740m², sem pilares intermediários. Para chegar nesse resultado, foram utilizados 833m³ de concreto, 104 toneladas de aço CA-50 A e mais 9.600 kg de aço 190RB (cordoalhas). Os 12 estais de cada lado, totalizando 24, são os responsáveis pela passarela se auto sustentar. O trabalho, inédito na América Latina, foi preciso. A medida que a laje crescia 6m para o centro da passarela, os mastros subiam 4m. Este processo ocorreu simultaneamente nas duas margens do rio. Para o encontro no centro do rio, cálculos minuciosos foram feitos para que não houvesse diferença e as lajes encaixem perfeitamente. A grande novidade foi a tecnologia, de origem francesa, implantada na passarela com materiais nacionais. Para o sistema de ancoragem, foi utilizado um conjunto de ancoragem ativa de estai. Este conjunto permitiu a regulagem milimétrica, feita por meio de macaco hidráulico e cálculos específicos, de acordo com a necessidade. É possível tencionar os estais, aumentando ou diminuindo a carga de acordo com o peso sobre a passarela ou ação do vento. A variação de temperatura também pode exigir ajustes nos estais. “Cada estai suporta até 130 toneladas. Está previsto no projeto uma carga de 33 toneladas, assim temos uma grande margem, o que proporciona maior segurança para todos. Outro benefício desta tecnologia é a fácil manutenção e, por consequência, baixos custos posteriores a construção. A inspeção e manutenção será feita por dentro dos mastros, que serão ocos. Além disso, a opção por utilizar materiais nacionais, além de valorizar o mercado interno, reduz o tempo da obra, uma vez que os importados chegam no porto de Santos e demoram para obter a liberação. Quem foi Aninoel Dias Pacheco? O médico Aninoel Dias Pacheco nasceu na cidade de Capivari, em 17/07/1916. Mudou-se para Piracicaba aos 9 anos para estudar no Colégio Piracicabano. Formou-se em 1944, na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e trabalhou como médico por 41 anos, até 1985. Após se aposentar, continuou a trabalhar como agricultor e pecuarista. Casou-se com a piracicabana Hortência Maria Zoega Dias Pacheco, em 17/07/1948, e teve cinco filhos: Aninoel Junior, Sérgio José, Ana Josefina, Arlindo José e Hortência Maria; 15 netos e oito bisnetos. Iniciou sua carreira profissional em Piracicaba, no ambulatório da Usina Monte Alegre. Depois, trabalhou por 27 anos no Engenho Central, no ambulatório e nas fazendas. Com a aquisição do Engenho e da Fábrica de Papel do Monte Alegre pelo grupo Silva Gordo, foi transferido para a fábrica, como médico do trabalho, onde encerrou sua carreira em 1985, aos 69 anos. Além de seu consultório, onde exercia clínica geral, ginecologia e pequenas cirurgias, trabalhou como obstetra e cirurgião na Santa Casa de Piracicaba e na Clínica Amalfi.
Prefeito inaugura passarela estaiada amanhã
Por Comunicação Social /
Publicado em 09/05/2013
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