Hoje e amanhã, dias 12 e 13/09, Piracicaba sedia a 10ª Oficina de Regionalização da Saúde, promovida pelo Governo do Estado, por meio do Gabinete 3D, que reúne mais de 200 pessoas entre autoridades do setor que representam os 24 municípios da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) e da Diretoria Regional de Saúde (DRS-X). Na abertura do evento, o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, entregou carta com mais de dez solicitações urgentes da RMP ao secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, que representou o governador Tarcísio de Freitas.
De acordo com Luciano Almeida, entre as principais demandas estão o credenciamento do Hospital Regional de Piracicaba (HRP) para alta complexidade em Ortopedia, aquisição de um novo aparelho de tomografia para atender Piracicaba e região, a aceitabilidade dos pacientes encaminhados por Piracicaba para o Hospital das Clínicas da Unicamp, além da implantação da Faculdade de Medicina no campus da Unicamp (FOP/Piracicaba). “Além disso, é preciso corrigir a lista dos municípios atendidos pela RMP. Temos na DRS duas cidades que não integram a Região Metropolitana e isso, de certa forma, dificulta a integração das ações de saúde de forma regionalizada. A partir disso, podemos criar uma listagem unificada de direcionamento dos pacientes”, reforçou Luciano Almeida.
Eleuses Paiva agradeceu a presença dos gestores de saúde da região e destacou que a regionalização é “uma solução” porque vai conceder mais racionalidade ao sistema, ou seja, se cada município tenta resolver o seu problema, gasta muito mais e não resolve. Fazendo a regionalização, a população vai automaticamente ser beneficiada, porque vai ter mais acesso aos serviços, com mais qualidade e mais perto de casa. “Essa racionalidade vai melhorar a eficiência do gasto público, adequar a capacidade instalada e o que cada hospital oferece”, enfatizou o secretário Estadual de Saúde.
Além disso, Paiva enalteceu a cobrança do prefeito Luciano Almeida quanto à listagem unificada dos pacientes. “Em oito meses na Secretaria vimos que existem diversas filas e muitos pacientes presentes em mais de uma fila, seja para exames ou cirurgias, o que deixa dúvida no paciente de quando ele será atendido. Nossa intenção é reorganizar isso e criar filas únicas e dar transparência a elas para que o paciente saiba sua posição e tenha a previsibilidade de quando será atendido”, apontou.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Douglas Koga, a Oficina realizada na cidade serve para alinhamento das ações e medidas necessárias para o fortalecimento da rede de saúde das cidades da região. “Com isso vamos aumentar a eficiência na utilização dos recursos públicos, ampliando a oferta de serviços em todos os níveis de complexidade, para assim impactar nas longas filas existentes, principalmente após a pandemia da Covid-19”, afirmou.
LANÇAMENTO – Ainda na oportunidade, o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, anunciou o início da pesquisa sobre a satisfação dos usuários de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. Os questionamentos, feitos pela primeira vez por meio do WhatsApp da Ouvidoria da SES – número (11) 3066-8800 –, vão analisar a percepção dos pacientes do SUS residentes no estado que foram submetidos a internações hospitalares no período entre novembro de 2022 e abril de 2023 e, assim, avaliar a regionalização dos serviços de saúde na rede.
Neste primeiro dia de disparo, as mensagens serão enviadas para pacientes da cidade de São Paulo e da região de Piracicaba. As demais regiões do estado serão incluídas gradativamente até o dia 27 de setembro. “A pesquisa é para saber se os pacientes foram atendidos perto das suas residências e saber sobre a qualidade do atendimento. Nós precisamos identificar se no SUS as pessoas estão sendo bem atendidas, se a qualidade da instalação onde houve atendimento era adequada. Se a pessoa foi atendida neste período de seis meses, ela vai receber a pesquisa,” informou Paiva.
Também participaram da 10ª Oficina de Regionalização da Saúde representantes do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/SP) e da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Fehosp), e os deputados estaduais Helinho Zanata e Alex de Madureira.