Durante o período da tarde desta terça-feira, 6, técnicos do Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Atenção Básica (AB) se reuniram, no anfiteatro do Cevisa, em plenária para discutir a “Vigilância em saúde: direito, conquistas e defesa de um SUS público de qualidade”.

Esta é a fase municipal das discussões, cujo resultado será levado à plenária regional, prevista para o dia 22 de junho, depois estadual, em setembro, e nacional, em novembro. O resultado final, depois de todas essas etapas, será a base para a formulação da política nacional de vigilância em saúde.

O objetivo central do encontro foi aprofundar as discussões a fim de melhorar as estratégias de prevenção a partir da identificação dos problemas, planejamento, intervenção e regulação das ações intersetoriais, bem como aprimorar a comunicação e monitoramento de riscos, doenças e agravos à população.

De acordo com o secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, o Cevisa, em Piracicaba, está em condição privilegiada de trabalho, com os diversos setores (Cedic, VISA, Vigilância Epidemiológica e Cerest) reunidos em um mesmo prédio. “Isso facilita na formulação de metas e estratégias de ação em vigilância, com a finalidade de ampliar a eficiência do setor e evitar que as pessoas adoeçam”, disse.

Ele destacou o momento delicado em que o país se encontra, com retração da economia e desemprego, o que amplia a responsabilidade dos gestores municipais, uma vez que a cidade tem sido pressionada por demandas regionais e não apenas locais. “Mesmo assim, temos mantido o equilíbrio. No entanto, para reduzirmos a pressão sobre a rede local de saúde, aguardamos o funcionamento do hospital regional”, disse.

Gláucia Elisa Cruz Perecin, diretora técnica de vigilância em saúde, da Diretoria Regional de Saúde (DRS-X), foi a palestrante que apresentou o cenário da vigilância em saúde regional e como ela está posicionada na estrutura de saúde pública do pais, com suas interfaces no estado e na federação. Tratou também das leis que regulamentam e dão as diretrizes para o seu funcionamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A palestrante enfatizou a importância da manutenção dos bancos de dados, que subsidiam as análises e as estratégias, a partir da especificação de cada região, orientando ações mais adequadas a cada uma delas, tanto no plano pessoal, do atendimento ao indivíduo, como das doenças e dos riscos que elas apresentam. “É preciso conhecer a fundo cada realidade para saber a melhor forma de enfrentar seus problemas. E isso só é possível com informações seguras”.

Nesse sentido, destacou a importância das notificações corretas de tudo o que acontece no município. Segundo Gláucia, a riqueza dos bancos de dados, com todas as notificações exigidas, e sua eficiência, ou seja, sua capacidade de refletir a realidade e permitir ações preventivas de qualidade, serve também de parâmetro para o governo federal liberar recursos que vão permitir a melhoria do trabalho da rede de vigilância em saúde e, consequentemente, a melhoria do atendimento à população. Ou seja, a interface entre as instâncias federativas e a qualidade das informações compartilhadas fortalecem o trabalho em rede.

Depois da palestra, os presentes foram divididos em grupos temáticos para iniciarem as discussões sobre a realidade de cada setor e propostas de melhoria.