A Prefeitura, através da Sedema promoveu na manhã desta quarta-feira (22/04) uma visita de vereadores e técnicos da Cetesb à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, CTR que está construída por meio da PPP (Parceria Público Privada) pela Piracicaba Ambiental.

A empresa Piracicaba Ambiental, em operação na cidade desde 2013 é formada através do consórcio das empresas Enob – Engenharia Ambiental Ltda. e Kuttner GMBH & CO.KG, esta última, empresa alemã detentora da tecnologia que está finalizando a implantação da usina de tratamento.

O complexo denominado Ecoparque, está localizado no Bairro Palmeiras, rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147) criado para o reaproveitamento de resíduos orgânicos e inorgânicos está funcionando em fase de teste, deverá iniciar as operações no próximo mês.

Os visitantes foram recebidos pelo presidente da empresa, Dr. Gerson De Gruttola, que fez a explanação da empresa em quadros, números, cronograma e depois pode acompanhá-los nas instalações do complexo Ecoparque.

Além da construção da Usina de Tratamento de Resíduos Urbanos, da Central de Triagem de Materiais Recicláveis e as instalações operacionais, a Piracicaba Ambiental está executando o encerramento do antigo Aterro do Pau Queimado. Além da coleta de resíduos domésticos, a empresa promove o recolhimento da coleta seletiva (expandida para 100 % da área urbana e planos para a área rural), além do serviço de recolhimento de inservíveis Cata Cacareco e varrição de vias públicas, sacolões, praças e jardins.

Com investimento de R$ 250 milhões, a CTR deverá começar a funcionar no próximo mês, segundo o presidente da Ambiental, Gerson de Grutolla. O valor do contrato da PPP, iniciada em 2012, é de R$ 1,8 bilhão por 20 anos.

Com o funcionamento da usina, a Ambiental deixará de pagar o valor próximo de R$ 1,2 milhão mensalmente para enviar o lixo de Piracicaba a Paulínia. O complexo todo, com aterro, deverá iniciar a operação até meados de 2016.

Grutolla, preve que até outubro, Piracicaba deverá atingir 400 toneladas/dia. Além destas toneladas geradas por dia em Piracicaba, a Central está apta para tratar e transformar em biogás e CDR (Combustível Derivado de Resíduo), até 2.000 toneladas de lixo/dia.

Com isso o Central tem a capacidade de atender os 22 municípios do Aglomerado Urbano e mais oito do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos), que inclui Sumaré, Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste, Capivari e Elias Fausto, comentou Gruttola.

“É essa a tendência”, comentou o Prefeito Gabriel Ferrato. Com 550 mil metros quadrados e modernas instalações, segundo o Prefeito “o Ecoparque atende integralmente o que preconiza o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). O Plano estimula a parceria entre os municípios pois não há como ter um investimento desta natureza”, disse.

“Não acredito que todas as cidades irão trazer (o lixo). Talvez vai resolver o problema das mais próximas, que podem ser cobradas pelo Ministério Público e será algo a médio prazo”, disse o secretário de Defesa do Meio Ambiente, Rogério Vidal.

Vidal ressaltou que a central é pioneira no país e que sobrará menos de 20% de rejeito, o que não é mais possível de ser reaproveitado. “É uma tecnologia de primeiro mundo. O chorume (líquido que sai do lixo) irá para uma estação de tratamento de esgoto e os gases não serão jogados na atmosfera”, disse.

A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) emitiu licença parcial para a liberação do funcionamento da parte inorgânica da central. Para o aterro, conforme a gerente da agência local do órgão, Ednéa Parada, será necessária outra licença, emitida somente após a discussão sobre o Eia Rima (Estudo e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), o que acontecerá em audiência pública no dia 28, às 17h, no auditório da Prefeitura.