Foi assinado nesta tarde (29/06) a renovação do Pacto pela Redução de Mortalidade Infantil em Piracicaba. O evento ocorreu no anfiteatro do Centro Cívico. Contou com a presença do prefeito Barjas Negri, do secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, além de representantes de todas as entidades parceiras, como HFC, Santa Casa, Unimed, Diretoria Regional de Saúde (DRS-X), Atenção Básica, USFs, UBSs e CRABs, ONGs como Pastoral da Criança e Artesãs do Amor, entre outros. O objetivo traçado é fortalecer o trabalho em rede a fim de avançar na redução do Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI), que alcançou o menor índice da série histórica, em 2016, de 8,75.
De acordo com o prefeito Barjas Negri, a rede de saúde de Piracicaba é composta por profissionais de elevada capacidade técnica e compromisso com a sociedade. “Esse compromisso não é de hoje. Em relação à administração pública, cada gestor, ao longo da história, fez um pouco e contribuiu de alguma forma”. No entanto, segundo ele, o cenário que se apresenta é bastante delicado devido à crise econômica, a queda da receita e a dificuldade de a municipalidade manter toda sua estrutura. “Enquanto a Constituição nos obriga a investir 15% da nossa arrecadação em Saúde, investimos 29%. Estamos no limite de nossa capacidade, mesmo assim ainda nos faltam recursos financeiros. Por isso, todos os envolvidos nesse trabalho precisam dar o máximo de si para avançarmos, mesmo com a redução da receita. Isso é possível com monitoramento permanente, aprimoramento técnico, integração e o apoio de toda a sociedade. Só assim poderemos vencer essa batalha”, enfatizou.
Barjas Negri lembrou também que em 2004 o CMI de Piracicaba era de quase 15, ou seja, 15 mortos para cada 1.000 crianças nascidas vivas. Por causa desse índice elevado foi construído, no ano seguinte, no início do seu primeiro governo, o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil em Piracicaba. “Estabelecemos uma meta ambiciosa, abaixo de dois dígitos, e convocamos toda a sociedade para nos ajudar. Seis anos após, reduzimos para 10,4 e ficamos abaixo do índice estatual, ainda assim considerado bastante elevado. Até que batemos na meta estabelecida pelo pacto assinado em 2005, abaixo de um dígito: 8,75. A partir de agora, abaixar mais é muito mais difícil. Estamos no mesmo patamar de estados do Sul do país, onde existe uma cultura diferente e favorável. Acredito, porém, que temos condições de avançar, com determinação”, concluiu.
Para o secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, a crise econômica trouxe o agravante de tornar o entorno da cidade bastante deficitário em serviços de saúde. E o que Piracicaba está recebendo do Ministério da Saúde não condiz com o que a cidade produz no setor. “Temos uma equipe competitiva e integrada. Na Atenção Básica, os treinamentos são constantes. Os três hospitais (HFC, Santa Casa e Unimed) são fundamentais nesse trabalho. Eles fazem parte desse alicerce. A sociedade civil organizada tem nos ajudado muito. Alcançamos, enfim, índice de primeiro mundo. Mas teremos que trabalhar muito mais para reduzirmos esse coeficiente abaixo de 8,75”. O secretário recordou também a expectativa da cidade em relação ao Hospital Regional. “Estamos todos na esperança de que o HR comece a funcionar ainda este ano e contamos com a ajuda do DRS-X para que isso aconteça e, assim, possamos equacionar o grande déficit do município em relação a leitos hospitalares”.
Rogério Tuon, coordenador do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil em Piracicaba, apresentou todas as ações que foram desenvolvidas ao longo de 2016 e que contribuíram fortemente para a redução do CMI em Piracicaba. Destacou o monitoramento de gestantes. Só em 2016, foram monitoradas 3.000 delas. Apresentou os programas de governo que ajudaram no combate à mortalidade infantil ao longo do tempo, como o saneamento básico e a urbanização de favelas, o empenho da secretaria de Saúde. E centrou força na importância da parceria com todas as instituições de saúde do município, ONGs etc. Bem como a determinação dos profissionais da rede para que a cidade possa avançar ainda mais na qualidade do atendimento às gestantes, principalmente na fase neonatal e pós-neonatal.