O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou na manhã de hoje (18) o primeiro caso de raiva em morcego no município em 2010. O resultado foi enviado na sexta-feira (16) pelo Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, responsável pelos exames laboratoriais para confirmação. De acordo com a diretora do CCZ de Piracicaba, Eliane de Carvalho Silva, o caso ocorreu na rua José Ferraz de Carvalho, área central de Piracicaba. “O morcego foi capturado vivo e estava caído na garagem de um prédio residencial. Trata-se de uma espécie que se alimenta de insetos”, esclareceu a diretora. Segundo dados do CCZ, em 2009 a cidade enviou 481 morcegos para analise. Do total, apenas nove confirmaram a doença. Esse ano Piracicaba enviou a São Paulo outros 40 animais o que resultou no primeiro caso. A partir de amanhã (19) o CCZ inicia ações de educação e informação aos moradores num raio de 500 metros do local onde o morcego foi encontrado, e para isso utilizará carro de som, fará a distribuição de folhetos informativos sobre a doença e sua prevenção. Vacinação Nos meses de setembro e outubro do ano passado, o CCZ montou três postos de vacinação contra a raiva para cães e gatos da área central. Sendo assim, os animais que foram levados aos postos estão com a vacina em dia, porém os que não foram vacinados devem receber imediatamente a dose da vacina para ficarem protegidos. A vacinação é feita no canil municipal de segunda a sexta-feira das 8 às 15:30 h, e aos sábados das 8 ás 12 h. A dose é gratuita. Encontrou morcego? Não tenha contato com o animal e ligue imediatamente para o 156. Sua solicitação será encaminhada para o CCZ, que irá até sua residência recolher o animal. A recomendação vale para animais vivos ou mortos, com hábitos diferentes como: caídos no piso, voando durante o dia, etc. Histórico: desde 2002, foram registrados em Piracicaba 18 casos positivos da doença. O numero de amostras enviada ao CCZ de São Paulo vem aumentando a cada ano. Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Eliane de Carvalho, o crescimento deve-se ao fato do maior conhecimento da população. A coordenadora explica que o trabalho educativo feito pela repartição, com a ajuda dos meios de comunicação aumentou a consciência da população sobre este tema. “Desde a ocorrência do primeiro caso em 2002, o numero de amostras enviadas ao CCZ de São Paulo só tem aumentado, isso mostra que o cidadão está ciente da importância da doença e criou-se o hábito de ligar no 156 para o recolhimento dos morcegos” disse Eliane. O trabalho realizado pelo CCZ denomina-se de vigilância passiva, isto é, ao invés de procurar animais o Centro de Zoonoses é acionado pela população, que por sua vez vai até o local e em caso de positivo realiza o trabalho de cobertura de foco. Em sete anos foram enviados para exames laboratoriais 1.000 morcegos e apenas 17 foram confirmados com o caso positivo da doença. Somente em 2009 foram nove amostras.