Piracicaba recebe prêmio pelos avanços em saneamento básico
Piracicaba foi premiada em São Paulo, na manhã desta terça-feira (17), pelos avanços em saneamento básico, durante o seminário Exemplos em Saneamento Básico – Municípios Provam ser Possível Universalizar Serviços e Reduzir Perdas de Água, promovido pela Subcomissão Permanente de Saneamento Ambiental, ligada à Comissão de Desenvolvimento Urbano, em parceria com o Instituto Trata Brasil. O prêmio foi entregue ao prefeito Barjas Negri, que participou do painel A Universalização do Saneamento na Prática, no qual mostrou o formato adotado no município.
"Piracicaba acaba de ficar em primeiro lugar no Ranking da Universalização do Saneamento da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), estudo que avaliou 231 municípios do país com mais de 100 mil habitantes, incluindo 26 capitais, que somam 99,8 milhões de pessoas. Agora, recebemos mais esse prêmio e ficamos muitos felizes. Esses resultados são fruto de muito trabalho e investimento na área", observa Barjas. A captação e o tratamento da água em Piracicaba são feitos pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e a captação e tratamento do esgoto são de responsabilidade da Águas do Mirante, por meio de PPP (parceria público privada).
Fernando Hymphreys, presidente da Águas do Mirante, e o prefeito Barjas Negri
No seminário, o prefeito também atribuiu o reconhecimento às gestões passadas e à população que sempre cobrou de seus governantes um olhar sensível para a área do tratamento da água e do saneamento básico. Uma das motivações, segundo ele, é a identificação, o carinho, o cuidado e a preocupação que os piracicabanos têm com o seu rio, para que ele esteja sempre limpo.
O seminário, que aconteceu na Fundação Getúlio Vargas, foi dividido em dois painéis. O primeiro abordou a universalização do saneamento básico e analisou os exemplos de Piracicaba, Ponta Grossa (PR), Presidente Prudente (SP) e Lagoa da Prata (MG), que atingiram níveis de excelência no atendimento da população nos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto. Segundo dados de 2015 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 50,3% dos municípios tinham rede de esgoto. No entanto, apenas 42,7% do esgoto coletado recebiam tratamento. O segundo painel discutiu as experiências de Lins (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Umuarama (PR) e São Caetano do Sul (SP) na redução das perdas de água. Segundo o Instituto Trata Brasil, a cada 100 litros de água tratada, em média, apenas 63 litros são consumidos. Os outros 37% são desperdiçados com vazamentos, ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo. Além dos prefeitos, foram convidados para participar da discussão o secretário nacional de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades, Henrique Pires, e o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.
