Foram realizados na rede de saúde de Piracicaba, somente em janeiro deste ano, 15.425 testes RT-PCR para diagnóstico de Covid-19. Em 2020, ao longo de toda a pandemia do novo coronavírus, iniciada em março, foram emitidos resultados de 32.401 deste mesmo teste diagnóstico. O comparativo demonstra que a produção de um mês (janeiro/2021) em Piracicaba foi de quase 50% do volume do teste realizado nos 10 meses anteriores. Esse crescimento se deve a vários fatores. O principal deles é Deliberação CIB/SP, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado, publicada em setembro do ano passado, que orienta para a necessidade do teste RT-PCR “para todos os indivíduos sintomáticos, preferencialmente do 3º ao 7º dia do início dos sintomas”. O segundo fator, é que, inicialmente, o RT-PCR era realizado apenas na central de triagem dos pacientes com sintomas e suspeita da doença, ou no âmbito hospitalar. Na atual gestão, houve a descentralização do serviço no município. De acordo com o secretário de Saúde, Filemon Silvano, a Secretaria de Saúde tem se empenhado para estruturar a rede pública de acordo com as normativas oficiais. “Isso nos levou à descentralização do teste RT-PCR, facilitando o acesso ao teste pelas pessoas sintomáticas para Covid-19, independente da região em que elas moram. Porque antes o teste era realizado somente na UPA Piracicamirim e nos hospitais”, explicou.

O secretário de Saúde, Filemon Silvano, participa de capacitação de profissionais da saúde para teste PCR Gráficos da Secretaria de Saúde (que podem ser acessados aqui) mostram esses números. O primeiro demonstra que a partir de setembro o volume de testes rápidos (coluna azul) reduziu e o de RT-PCR (coluna vermelha) cresceu, especialmente a partir de dezembro e janeiro, quando o município se organizou para atender à resolução CIB-75. Num primeiro momento, o laboratório municipal também passou a realizar o RT-PCR, que era enviado ao Instituto Adolfo Lutz. Em janeiro, o teste foi descentralizado para mais sete unidades da Rede de Atenção Básica espalhadas pela cidade. Pelo segundo gráfico, fica evidente a queda no volume de testes rápidos ao longo do ano, na contramão do RT-PCR, que passou a crescer. Com a CIB-75, o teste rápido tornou-se recomendado apenas para os indivíduos sintomáticos que procuram assistência nos postos de saúde após o 7º dia do início dos sintomas, preferencialmente a partir do 14º dia, com o objetivo de avaliar a imunidade do organismo contra o vírus e também levantamentos de inquéritos epidemiológicos. O documento traz também a recomendação da não realização de testes laboratoriais em indivíduos assintomáticos. Em síntese, o RT-PCR tornou-se o teste indicado para sintomáticos, do 3º ao 7º dia do início dos sintomas e o rápido, para casos leves sintomáticos, quando não foi realizado o PCR, a fim de avaliar se o indivíduo apresenta alguma imunidade contra o vírus (IgG ou IgM) – após o 7º dia do início dos sintomas, preferencialmente a partir do 14º dia, e inquéritos epidemiológicos.