Piracicaba participa de pesquisa que avalia programa Criança Feliz

Carolina La Maison (de verde), supervisora da pesquisa, analisando a lista fornecida pelo Ministério da Cidadania, com as supervisoras do Programa em Piracicaba, Natália Furlan e Camila Rangel, para o início do trabalho em campo
Piracicaba, 16 de abril – Piracicaba recebe desde ontem uma equipe composta por seis pessoas para realização de pesquisa de avaliação do programa Criança Feliz. O intuito é avaliar se o programa, que tem como foco a primeira infância, obtém resultados efetivos e se faz diferença na vida das crianças atendidas, no que diz respeito ao desenvolvimento físico, intelectual, emocional.
Até dia 03 de maio a equipe desenvolverá em Piracicaba a parte da pesquisa que eles chamam de linha de base. A equipe veio à campo munida de dados fornecidos pelo Ministério da Cidadania. O recorte para entrevista são crianças de até 11 meses e 30 dias, beneficiárias do Programa Bolsa Família, que não sejam beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), não sejam gêmeos e que não sejam acompanhadas pelo programa Criança Feliz. As entrevistadoras irão às casas para abordar a família e obterem o aceite para entrada no programa Criança Feliz. De posse da aceitação, realizarão uma longa entrevista, preferencialmente com a mãe para saber entre outras coisas, sobre pré-natal, vacinas, depressão pós-parto, desenvolvimento da criança e avaliação socioeconômica.
Finalizado o período de entrevistas, conforme explica a supervisora de pesquisa, Carolina La Maison, será feita reunião entre os coordenadores da pesquisa nos estados, a fundação Maria Couto Vidigal, a Universidade Federal de Pelotas e o Ministério da Cidadania para o sorteio das crianças que serão inseridas no programa e quais não serão. O sorteio utilizará o número do NIS e números da loteria federal para determinar quem fará parte de cada grupo. A partir daí, as crianças escolhidas para receber o programa passam a ser acompanhadas pela equipe que executa o programa em Piracicaba e as outras serão monitoradas pela pesquisa somente.
Por volta de dezembro deste ano, a equipe retornará à Piracicaba para colher os primeiros resultados: visitará todas as crianças que não recebem o programa e são objeto da pesquisa e 10% das crianças que recebem o programa e são objeto da pesquisa. “É a maior pesquisa do mundo sobre a primeira infância e queremos saber se há efetividade nos resultados pretendidos pelo programa”.
Para a Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Eliete Nunes, é muito importante ser uma das cidades escolhidas para o desenvolvimento da pesquisa: “É importante que Piracicaba seja uma das cidades objeto do estudo pelo governo federal, pois teremos destaque em um estudo que comprovará, em nossa opinião, que este trabalho com a primeira infância promove o desenvolvimento físico, mental e social dos atendidos, pois este é um relato comum entre as famílias cujas crianças fazem parte do programa.
PESQUISA: A pesquisa, idealizada pelo Ministério da Cidadania em parceria com a Universidade Federal de Pelotas, tem parceiros nos estados de São Paulo, Pará, Goiás, Pernambuco, Ceará e Bahia.
A equipe que está em Piracicaba responde à coordenação de São Paulo, que é a Universidade de São Paulo, por meio da professora Alícia Matijasevich, do departamento de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da USP. Além de Piracicaba, os municípios de Sumaré, Francisco Morato, Limeira e Taboão da Serra são os escolhidos no estado de São Paulo para realização da pesquisa.
Além da visita de dezembro, ainda há outros retornos previstos para avaliação comparativa das crianças. A pesquisa deve durar três anos.
CRIANÇA FELIZ – Coordenado pelo Ministério da Cidadania, o programa reúne ações nas áreas de saúde, assistência social, educação, justiça e cultura. A iniciativa tem como ponto central a visitação domiciliar.
Nas famílias que recebem o Bolsa Família, o acompanhamento vai até os três anos de idade. Já para as crianças que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o apoio se estende até os 6 anos. O programa também acompanha e orienta as mães desde a fase de gestação.
Nas visitas domiciliares semanais, as famílias recebem informações sobre como incentivar o desenvolvimento dos filhos e fortalecer os vínculos afetivos.
Em Piracicaba, o programa é desenvolvido numa parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e a Associação Franciscana de Assistência Social Coração de Maria) (Afascom).
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