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Piracicaba na rota do álcooduto da Transpetro

Por Comunicação Social / Publicado em 30/05/2006
Tempo de leitura: 4 minutos.

O secretário municipal de Indústria e Comércio, Luciano Santos Tavares de Almeida, informou recentemente a inclusão de Piracicaba no alcoolduto brasileiro da Transpetro (braço de logística da Petrobrás). Esse empreendimento custará à empresa US$ 360 milhões.

Segundo a Transpetro, o projeto tem como objetivo escoar cerca de 500 milhões de litros de álcool por ano, produzidos nas usinas que participam da Apla (Arranjo Produtivo Local de Álcool da região de Piracicaba), através do 90 quilômetros de dutos que ligarão Piracicaba a Paulínia.

O acerto entre o município e a Transpetro foi feito em janeiro deste ano, depois do secretário de Industria e Comércio, Luciano Almeida, reunir-se com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e com o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

No total serão implantados 570 quilômetros de dutos novos, que levarão, além do álcool, gasolina e diesel para o porto de São Sebastião, onde chegarão 4 milhões de metros cúbicos de combustíveis em 2010 para a exportação.

A opção dos dutos passarem pela cidade, segundo o secretário, deve-se a alta produção local de etanol e o baixo custo no transporte. Os benefícios com o alcoolduto não serão apenas ao projeto mais também abrirá novas portas para a logística local como a ferrovia, por exemplo. “Este projeto, com a contribuição da ferrovia, será o grande impulsionador para viabilizar a barragem de Santa Maria da Serra, que tornará o rio de Piracicaba navegável até o distrito de Ártemis”, comenta o secretário.

Ele explica ainda que a construção da barragem permitirá que o álcool do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e das regiões Norte e Nordeste do Estado de São Paulo venha pela hidrovia e seja levado para a dutovia, chegando assim aos portos para a exportação.

Transpetro em Piracicaba

O consultor sênior da gerência de novos negócios da Transpetro, Emanuel Nazareno Filho, esteve em Piracicaba em fevereiro, e afirmou que o maior obstáculo para a construção desses sistemas de transporte é o aval ambiental. “O tempo de liberação pela Cetesb e pela Área de Proteção aos Mananciais (APM) é de 18 meses. Logo, só pode começar qualquer coisa após a liberação. Os cuidados não são desnecessários, pois por esses dutos vão passar gasolina, diesel e álcool, ou seja, produtos inflamáveis”, afirma Nazareno Filho.

Segundo ele, a cidade é o centro brasileiro para o etanol. “E, se é o centro nacional, é o centro mundial. Piracicaba é uma ilha de excelência em todo o planeta na parte de pesquisa, desenvolvimento e produção do álcool”, afirma o executivo.

O alcoolduto, a dutovia e a ferrovia integram a Plataforma Logística Intermodal de Exportação do Piracicaba, que prevê, ainda, anel viário e aeroporto. Com o projeto concretizado, a região se tornará uma das únicas no país a oferecer cinco modais deferentes de cargas.


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