Karina, vestida de verde, recebe certificado de boas práticas em nome da prefeitura das mãos de representantes do Ministério da Saúde
Karina (de verde) recebe certificado de boas práticas em nome da prefeitura de Piracicaba; na foto também estão Poliana Garcia (de branco) e Elizabete Vitti (de rosa), também de Piracicaba

Na última sexta-feira, 08/12, a cidade de Piracicaba foi certificada com o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV para municípios com mais de 100 mil habitantes. A entrega da chancela aconteceu em Brasília, por representantes da Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (CGIST/Dathi/SVSA/MS) e, também, pela ministra Nisia Trindade Lima. Representaram a Prefeitura de Piracicaba, Karina Corrêa Contiero, coordenadora do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais e do Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa) de Piracicaba, Elisabete Vitti e Poliana Garcia, representantes do Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas) e da Vigilância Epidemiológica Municipal.

Karina explicou que a certificação reflete a qualidade da assistência no pré-natal, parto, puerpério e seguimento da criança, bem como reconhece o processo de trabalho realizado no território por todos os envolvidos na eliminação da transmissão vertical de HIV e/ou sífilis. “Durante esse processo, buscamos qualificar nosso atendimento, acolhimento e cuidados com este público. Foi possível avaliar nossos avanços, bem como rever e corrigir nossas fragilidades no trabalho em rede, visando oferecer assistência de qualidade e, consequentemente, alcançar bons indicadores”.
A cidade pleiteou a chancela neste ano e, após visita de representantes do MS no mês de agosto, a certificação foi oficializada. Entre os indicadores avaliados pelo Ministério está a cobertura de gestantes infectadas com HIV que fizeram o uso da terapia antirretroviral, o TARV, cuja meta é estar acima de 95%. Em Piracicaba, no ano de 2020 essa adesão à TARV foi de 100%, onde todas as 18 gestantes fizeram o uso adequado do TARV e, em 2021, 94,1%, onde, das 20 pacientes, 19 fizeram o uso adequado do antirretroviral e 01 interrompeu o tratamento.

Em documento oficial, o Ministério da Saúde elogiou o município. “Parabenizamos e reconhecemos o relevante engajamento e participação das equipes técnicas, dos serviços de saúde, dos profissionais da assistência, da gestão municipal (…) e dos demais envolvidos no esforço da Certificação, que contribuem de maneira substancial para o alcance da eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis como problema de saúde pública”.

TRANSMISSÃO VERTICAL – As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de algumas IST também pode ocorrer por meio da transmissão vertical para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas.
Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C. Ao mesmo tempo, devem ser informadas e orientadas sobre as possibilidades de prevenção, bem como sobre o risco da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada.