O Ministério da Saúde anunciou em novembro que Piracicaba está certificada com o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV para municípios com mais de 100 mil habitantes. A cidade pleiteou a chancela neste ano e, após visita de representantes do MS no mês de agosto, a certificação foi oficializada. A premiação de Piracicaba acontece amanhã, sexta-feira, 08/12, em solenidade exclusiva a ser realizada em Brasília/DF. Irá representar a Prefeitura de Piracicaba Karina Corrêa Contiero, coordenadora do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais e do Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa) de Piracicaba.
Em documento oficial, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (CGIST/Dathi/SVSA/MS) parabenizou o município. “Parabenizamos e reconhecemos o relevante engajamento e participação das equipes técnicas, dos serviços de saúde, dos profissionais da assistência, da gestão municipal (…) e dos demais envolvidos no esforço da Certificação, que contribuem de maneira substancial para o alcance da eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis como problema de saúde pública”.
Conforme Karina Contiero, a transmissão vertical pode ocorrer da mãe para o bebê ainda na gestação, durante o parto ou na amamentação. “Fomos contemplados com o selo prata, pois entre os indicadores avaliados pelo Ministério está a cobertura de gestantes infectadas com HIV que fizeram o uso da terapia antirretroviral, o TARV, cuja meta é estar acima de 95%. Em Piracicaba, no ano de 2020 essa adesão à TARV foi de 100%, onde todas as 18 gestantes fizeram o uso adequado do TARV e, em 2021, 94,1%, onde, das 20 pacientes, 19 fizeram o uso adequado do antirretroviral e 01 interrompeu o tratamento”.
A coordenadora do Cevisa explicou também que a certificação reflete a qualidade da assistência no pré-natal, parto, puerpério e seguimento da criança, bem como reconhece o processo de trabalho realizado no território por todos os envolvidos na eliminação da transmissão vertical de HIV e/ou sífilis. “Durante esse processo, buscamos qualificar nosso atendimento, acolhimento e cuidados com este público. Foi possível avaliar nossos avanços, bem como rever e corrigir nossas fragilidades no trabalho em rede, visando oferecer assistência de qualidade e, consequentemente, alcançar bons indicadores”.
TRANSMISSÃO VERTICAL – As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de algumas IST também pode ocorrer por meio da transmissão vertical para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas.
Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C. Ao mesmo tempo, devem ser informadas e orientadas sobre as possibilidades de prevenção, bem como sobre o risco da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada.