Pinacoteca terá oficina de lambe-lambe fotográfico
Estão abertas as inscrições para a oficina “Fotografia de Rua – Lambe-Lambe Fotográfico”, que será ministrada por Ricardo Lima e acontecerá na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra de 07 a 21 de março, às sextas-feiras, das 14h às 18h. As inscrições podem ser feitas até o dia 27 de fevereiro na Pinacoteca. Serão disponibilizadas 15 vagas.
A atividade gratuita será viabilizada pelo Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Estado da Cultura através do POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e a Literatura e da Oficina Carlos Gomes, em parceria com a Prefeitura de Piracicaba e Secretaria Municipal da Ação Cultural (SEMAC).
A oficina é voltada aos interessados com conhecimentos básicos em fotografia e maiores de 16 anos. O objetivo é capacitar os participantes para a realização de fotografias de rua, inserindo a técnica do lambe-lambe. Os participantes devem levar máquina fotográfica (analógica ou digital).
PROFISSIONAL – Ricardo Lima é jornalista formado pela PUC-Campinas, onde atuou como fotógrafo oficial. É membro fundador da Rede de Produtos Culturais da Fotografia no Brasil (RPCFB) e organizador do Festival Hercule Florence de Fotografia de Campinas.
LAMBE-LAMBE – Os fotógrafos lambe-lambe desenvolviam suas atividades em praças e jardins públicos, encapuzados e quase fundidos à caixotes sobres tripés, que eram facilmente encontrados no passado. O lambe-lambe desenvolvia seu trabalho com uma câmera-laboratório: uma caixa de madeira com uma lente apoiada num tripé. A câmera era dividida em duas partes, sendo que a inferior continha os dois banhos, revelador e fixador, que eram utilizados ao mesmo tempo, para o processamento químico de filmes e papéis.
As fotos eram reveladas quase que instantaneamente, o que concedia mobilidade ao fotógrafo. Existem diferentes teorias sobre a origem do nome lambe-lambe. Segundo uma delas, a revelação das fotos em máquinas lambe-lambe, exigia tempo mínimo de lavagem e mínima quantidade de água. Portanto, para garantir a qualidade do trabalho, os fotógrafos tocavam a língua nas fotos durante a lavagem para avaliar a qualidade da fixação e da própria lavagem.