Pesquisa realizada com pais de alunos das escolas municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental mostra que os pais estão satisfeitos com a metodologia adotada pela SME (Secretaria Municipal de Educação). Foram enviados questionários que foram respondidos pelos pais ou responsáveis pelos alunos e devolvidos para as escolas. Na educação infantil, com 19.507 alunos matriculados, 14.478 (74%) pais responderam ao questionário e 66% (9.620) deles disseram que estão satisfeitos com as atividades enviadas pela escola, 25% (3.638) estão plenamente satisfeitos e 8% (1.220) estão insatisfeitos. Ou seja, na Educação Infantil, somados os itens satisfeito e plenamente satisfeito, o grau de satisfação dos pais chega a 91%. No ensino fundamental, com 17.321 alunos, foram respondidos 12.643 questionários (72,9%), dos quais 73,8% (9.335) responderam estar satisfeitos com a metodologia utilizada em relação as atividades não presenciais e 14,7% (1.867) responderam estar plenamente satisfeitos; 11,4% (1.441) disseram estar insatisfeitos. Assim, o grau de satisfação é de 88.5%. A pesquisa mostrou que 72% (10.366) das famílias com crianças na educação infantil têm internet banda larga e wi-fi em casa. Apenas 2% (338) das famílias não têm nenhum tipo de conexão com a internet em casa. De acordo com o levantamento, 77% (11.080) acessam à internet por smartphone, 19% (2.758) acessam também por notebook ou computador, 3% (409) também acessam por tablete e 2% (231) não tem dispositivo de acesso à internet. No ensino fundamental, 66,5% (8.407) dos entrevistados têm internet banda larga e wi-fi em casa; 15,92% (2.013) dispõem de acesso limitado em 3G; 7,98% (1.009) acessam a internet via rádio, 5,45% (689) disseram ter internet lenta em casa e 4,15% (525) não tem acesso à internet em casa. O smartphone é também o dispositivo mais usado para acessar a internet nas casas dos alunos do ensino fundamental. Segundo a pesquisa, 59,9% (7.579) usam os telefones celulares para acessar a rede, enquanto 18,3% (2.319) fazem uso também de notebook ou computador de mesa. Importante ressaltar, porém, que os celulares citados na pesquisa são, normalmente, compartilhado entre familiares e não é de uso exclusivo da criança. “A pesquisa foi realizada com intuito de traçar o perfil das crianças e suas famílias, para subsidiar a construção dos protocolos para o eventual retorno às aulas presenciais e para a construção dos planos de ação pelas escolas”, explica a secretária municipal de Educação Angela Jorge Corrêa.
EVENTUAL RETORNO – Apesar de não estar confirmado o retorno às aulas presenciais, a Secretaria Municipal de Educação está se preparando para essa possibilidade. Para tanto, foram formadas comissões na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I para a formulação de procedimentos que deverão ser adotados no caso de retorno gradativo das aulas presenciais. Essas comissões são acompanhadas por uma comissão central. A retomada obedecerá a protocolos de acolhimento, sanitários e pedagógicos, que preveem ações que devem ser adotadas com crianças, pais e comunidade, funcionários, professores e gestores. “Para construção desses protocolos a SME tem estudado protocolos do Governo de São Paulo, Undime, Todos pela Educação, e outros. Materiais necessários para o eventual retorno estão sendo adquiridos, como álcool gel, termômetros, tapetes sanitizantes, máscaras, entre outros”, disse a secretária. Além disso, educadores participam de seminários e lives programadas pela Undime, Faz Educação, Todos pela Educação, Instituto Casagrande e outros, sobre temas ligados à Educação durante a pandemia. Educadores dos anos iniciais do ensino fundamental também participam de um curso de formação sobre ensino remoto em parceria com a ArcelorMittal. São contemplados professores, coordenadores e diretores das 47 escolas municipais de Ensino Fundamental. Professores da educação infantil têm participado de formação remota, dirigida pela SME e gestores das escolas. Enquanto as aulas presenciais não voltam, os alunos do Ensino Fundamental têm recebido materiais didáticos e recebido orientações por meio de aplicativos e e-mail. Na educação infantil, atividades próprias para a idade também foram distribuídas para que os pais pudessem desenvolver com as crianças em casa.