O contato com a música pode proporcionar valores como motivação, autoestima, superação de limites e disciplina, e ainda desenvolve habilidades de raciocínio lógico e abstrato. A parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Orquestra Sinfônica de Piracicaba tem sido uma ferramenta valiosa para proporcionar acesso à música e à cultura para mais de 9.100 alunos, de 121 escolas da Rede Municipal de Educação.
No total, são quatro projetos – Fanfarras, ABC do Do Ré Mi, Música nas Escolas e Pequena Grande Orquestra – que movimentam as escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental e mobilizam os alunos, professores e músicos.
O secretário de Educação, Bruno Roza, destacou que os projetos com a OSP são uma maneira de reconhecer a importância da exposição à arte e à cultura desde a infância. “A educação não deve se restringir apenas aos livros didáticos e às salas de aula. Ao integrar a cultura em nosso currículo, estamos capacitando nossos alunos a se tornarem cidadãos conscientes. Estamos construindo uma base sólida para o desenvolvimento humano, onde o conhecimento se entrelaça com a apreciação pela arte e pela expressão cultural.”
Os projetos socioeducativos começaram a ser desenhados pela OSP no ano de 2015, quando aconteceu a reestruturação da orquestra pelo maestro Jamil Maluf, atual maestro emérito do conjunto sinfônico. “É de criança que se criam hábitos, como o consumo do produto cultural. Não se gosta do que não se conhece, por isso, vamos ao encontro do público infantil para transmitir uma mensagem musical fascinante”, disse.
Pela OSP, o a coordenação dos quatro projetos é de Heloísa Guerrini, e pela SME, os projetos são coordenados pelas supervisoras Eloísa de Toledo Cruz e Aline Rossini.
FANFARRAS – O projeto das fanfarras é o mais recente da parceria entre SME e OSP, e tem como objetivo preparar os alunos das escolas municipais Maria Benedicta Penezzi, Ilda Jenny Stolf Nogueira, Prof. Luis Claudio Alves, Joaquim Carlos Alexandrino de Souza, Elizabeth Consolmagno Cruz e João Batista Nogueira para o desfile cívico de 7 de setembro.
Os ensaios começaram em março e são professores do projeto os instrumentistas da OSP Ismael Brandão, Emerson Teixeira e Sérgio Luis Camilo Teixeira.
ABC DO DÓ, RÉ, MI – O ‘showcerto’ ABC do Dó, Ré, Mi proporciona às crianças o contato com a música de concerto. No palco do Teatro Erotídes de Campos, o Teatro do Engenho, ficam 18 instrumentistas, o ator Washington Poppi, que dá vida ao palhaço Zé da Batuta, e o violonista Luis Fernando Fisher Dutra, intérprete do maestro.
São realizadas duas sessões por mês com a participação, em cada apresentação, de até 10 escolas da rede. Neste projeto, os músicos apresentam os grupos de instrumentos (cordas, madeiras, metais e percussão) e suas sonoridades aos alunos.
Atualmente, o diretor artístico e regente titular da OSP é o maestro alemão Knut Andreas, que em março esteve no Teatro do Engenho para acompanhar a primeira apresentação do projeto. Na ocasião, ele deixou uma mensagem de entusiasmo às crianças. “A cultura exerce influência sobre diversos aspectos do desenvolvimento das crianças. Estudos demonstram que o fortalecimento cultural pode melhorar o aprendizado e o desenvolvimento das crianças pequenas, da mesma forma que a saúde mental e física”, explicou na ocasião.
MÚSICA NAS ESCOLAS – Já o projeto Música nas Escolas consiste na visita de quintetos de cordas e quartetos de madeiras e metais em quatro escolas municipais por mês. Eles demonstram, na prática, como a música erudita faz parte das rotinas das crianças. Os alunos ouvem músicas temas de filmes ou desenhos, além de canções célebres do repertório clássico, e também recebem explicações didáticas sobre o funcionamento dos instrumentos.
Ao todo, 24 escolas municipais estão sendo contempladas pelo projeto, sendo 12 de educação infantil e as outras 12 de ensino fundamental. As apresentações seguem até o mês de setembro.
PEQUENA GRANDE ORQUESTRA – O projeto Pequena Grande Orquestra é desenvolvido nas escolas municipais Professora Olívia Caprânico, e Professor João Batista Nogueira. Ele foi concebido em 2017, como forma de incluir social e culturalmente alunos da rede municipal através do ensino de violino.
Na escola João Batista Nogueira são 63 alunos, com o professor Luís Fernando Dutra. Na escola Olívia Capranico são 30 alunos, com a professora Jackeline Oliveira.
A iniciativa busca estimular o desenvolvimento musical, a criatividade, o pensamento crítico e, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal.
Os violinos do projeto foram adquiridos por meio de contribuições voluntárias dos músicos da OSP e de pessoas sensíveis à iniciativa. O projeto é viabilizado pelo patrocínio prata das empresas Drogal, Hyundai e Phinia e por meio da Lei de Incentivo à Cultura.