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Orquestra Sinfônica de Piracicaba faz balanço da Temporada 2015

Por Comunicação Social / Publicado em 16/12/2015
Tempo de leitura: 9 minutos.

A Orquestra Sinfônica de Piracicaba (OSP) divulga o balanço da Temporada 2015. Na avaliação do regente titular e diretor artístico, maestro Jamil Maluf, está comprovada a aceitação do público para a nova fase do conjunto, composta por nove apresentações e o projeto didático Música nas Escolas. Perto de 6.200 pessoas prestigiaram os concertos gratuitos, em comemoração aos 115 anos da OSP.

O encerramento aconteceu no sábado, 12, com a cantora Bebé Salvego, de 12 anos, no Tributo a Billie Holiday. Aproximadamente 1.500 pessoas estiveram no palco externo do Teatro Erotídes de Campos, no Engenho Central, e foram recepcionadas pelo Coro do Projeto Guri Polo Piracicaba, sob regência de Vanessa Zambão. “Temos muito o que agradecer ao nosso público, que lotou todos os concertos. A emoção que emanou dessas pessoas é a maior prova de que Piracicaba ansiava por uma orquestra com programação constante e de qualidade”, avalia Jamil Maluf.

A alta procura por ingressos já na estreia da temporada fez com que a direção da Sinfônica de Piracicaba abrisse sessão extra, nos concertos de maio a outubro, como forma de contemplar o maior número de pessoas, que puderam assistir os ensaios gerais, às 16h30. Cada concerto vespertino teve, em média, 200 espectadores, e as apresentações noturnas aconteceram com casa cheia. A capacidade do Teatro do Engenho Central é de 432 lugares.

O concerto de encerramento teve caráter social e incentivou a troca do ingresso por um quilo de alimento não perecível, em prol do Fundo Social de Solidariedade. Foram arrecadados mil quilos, já encaminhados à instituição. “Uma orquestra deve estar antenada ao cotidiano e às necessidades da comunidade em que está inserida. Nesse sentido, sempre que possível, promoveremos concertos beneficentes para as mais diversas causas”, destaca o maestro, ao citar que a Sinfônica destinou, em setembro, 600 litros de leite ao Lar dos Velhinhos.

Jamil Maluf agradece à Prefeitura do Município de Piracicaba e à Secretaria da Ação Cultural, pela ampliação dos recursos para a temporada, à Câmara de Vereadores de Piracicaba, pela aprovação dos projetos de lei, e às empresas Raízen, Hyundai, Caterpillar e Bom Peixe, pelos aportes promovidos, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. “A vinda das empresas valorizou o nosso trabalho e colocou a Orquestra em um novo patamar. Por meio dos patrocínios, mantivemos a temporada até dezembro e incluímos convidados reconhecidos internacionalmente.”

A nova fase da OSP começou nos primeiros meses do ano, por meio de processo seletivo para admissão de 55 músicos, entre profissionais e estagiários. Concorreram às vagas 320 candidatos, de seis estados brasileiros. Esta foi uma das exigência de Jamil Maluf ao ser convidado para liderar os trabalhos, após a morte de Egildo Rizzi, regente da OSP por duas décadas. Maluf convidou o violoncelista André Micheletti, que assumiu como regente assistente e diretor artístico associado.

A Sinfônica também promoveu o projeto Música nas Escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Como forma de assegurar a formação, difusão e valorização cultural de 560 estudantes, quartetos de cordas e sopros da OSP percorreram unidades dos bairros Cruz Caiada, Jardim Piracicaba, Jardim Costa Rica, Pau Queimado, Jardim Oriente, Jardim São Paulo, Alvorada 3 e Água Branca.

A intenção da Sinfônica para 2016 é ampliar as atividades didáticas. Neste caso, o Teatro Municipal Erotídes de Campos receberá o ABC do Dó Ré Mi, projeto que contemplará 12 mil alunos das escolas públicas com 28 concertos de curta duração e palestras com músicos e interação descontraída de um ator. A Câmara aprovou, no final de novembro, o projeto de lei assegurando o convênio entre a Associação da Orquestra Sinfônica de Piracicaba e a Secretaria Municipal de Educação.

REPERTÓRIO AMPLIADO – Desde o início da temporada, o maestro incluiu no repertório obras que expressassem diferentes gêneros musicais e demonstrassem o potencial do conjunto sinfônico, com a presença de solistas de destaque na música erudita. “Tivemos desde as obras mais populares e acessíveis, até obras de pesquisa, pensadas para enriquecer a experiência auditiva do público.”

O repertório teve obras de Rachmaninoff, Dvorák, Tchaikovsky, Scriabin, Brahms, Mozart, Elgar, Sibelius, Gershwin, Bellini, Puccini, Verdi, Manuel de Falla, Liduino Pitombeira, Alberto Nepomuceno, André Mehmari e Ernst Mahle. “A OSP começou num nível elevado, para um grupo que nunca havia tocado junto. Foi crescendo de programa em programa, abordando repertórios que exigiam versatilidade. O público embarcou, deu mostras de que o trabalho de sua orquestra chegou com muita força”, avalia Jamil.

A temporada recebeu os pianistas Eduardo Monteiro, carioca radicado em São Paulo, e Pablo Rossi, brasileiro que vive na Bélgica, o violinista Daniel Guedes, o flautista Toninho Carrasqueira, além do tenor Marcello Vannucci, da meio-soprano Luciana Bueno e da soprano Gabriella Pace (Brasil/Dinamarca). A pianista Jasmin Arakawa (Japão/Estados Unidos) foi a solista no concerto de julho, que abriu a programação artística do 6º Feimep (Festival Internacional de Música Erudita de Piracicaba). Em dois concertos, houve a participação de Thiago Tavares e Érica Hindrikson como regentes convidados.

Em outubro, a Sinfônica de Piracicaba interpretou a fábula musical Pedro e o Lobo, de Sergei Prokofiev. Na ocasião, a Cia. Imago – sob direção de Fernando Anhê – trouxe seus bonecos de luz negra para apresentar um dos maiores sucessos do teatro infantil de São Paulo, detentor dos prêmios Coca-Cola/Femsa e APCA 2004 de Melhor Espetáculo de Formas Animadas, além da indicação ao Prêmio Carlos Gomes, em 2009. Aconteceram duas sessões – às 16h30 e às 19h45 – com o Teatro do Engenho lotado.

Antes da apresentação do repertório dos concertos, o professor de história da arte da Unicamp, Jorge Coli, ministrou palestra “O Meu Concerto de Hoje”, com 30 minutos de duração. Em novembro, a palestra foi proferida por Marcelo Batuíra Losso Pedroso, doutor em direito pela USP e diretor do Jornal de Piracicaba e da Revista Arraso, também responsável pelas notas de programa mensais da Sinfônica. A ação integra o programa de formação de plateias concebido pela direção artística.

A Temporada 2015 teve como apoiadores a Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle), Maison Vivenda Buffet, Jornal de Piracicaba, Revista Arraso, Unimed Piracicaba e Rádio Educativa FM, que levou sua equipe de técnicos e jornalistas para a transmissão, ao vivo, do concerto de encerramento.


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