Considerando o alto número de servidores envolvidos com empréstimos consignados, a Secretaria de Administração – Semad criou um programa de orientação econômica junto aos servidores públicos municipais com o objetivo de auxiliá-los na redução dos seus gastos. Conforme explicou o secretário Newton Yasuo Furucho, cerca de 50 % dos servidores, ou seja, 2750 funcionários públicos municipais estão envolvidos com empréstimos bancários. Com isso, a Semad criou algumas medidas administrativas para tentar minimizar esta questão. Paralelo a isso, vem promovendo reuniões periódicas com profissionais para orientar os servidores municipais sobre economia doméstica.Um das medidas acordadas com os bancos é limitar os empréstimos em, no máximo, 48 parcelas para que o funcionário possa adequar ao seu orçamento. Conforme lembrou Furucho, alguns bancos oferecem hoje até cem meses para pagamentos de empréstimos, sendo muito “convidativos”, mas obriga o funcionário a ficar preso durante anos para saldar a dívida”. Outra medida acordada é que o servidor só pode refinanciar seus empréstimos depois de haver quitado no mínimo 6 parcelas. “O servidor empresta dinheiro de um banco, no mês seguinte, seduzido pela oferta transfere esta dívida para outro banco e assim por diante. Isso demanda muito trabalho para o Depto. de Recursos Humanos para receber a documentação dos bancos para débito na folha de pagamento”, explicou o secretário. “Muitas pessoas, entre elas os próprios servidores, não computam as prestações entre as despesas fixas mensais, passando a ter problemas para administrar seu orçamento, comentou Furucho. “Mas por outro lado, mesmo que os empréstimos consignados acarretem estas dificuldades, se deixarmos em aberto, os servidores irão recorrer a outro tipo, como crédito pessoal e outras linhas de financiamento de bancos com juros mais altos. Outros recorrem aos agiotas onde com exploração é muito maior”. Além destas medidas administrativas, o Programa de Orientação Econômica, busca alertar o servidor sobre as causas que direta ou indiretamente influenciam nas despesas da família. Muitos servidores recorrem aos empréstimos bancários para compra de eletrodomésticos, equipamentos, reforma de imóvel, compra de carro, despesas com escola, saúde (tratamento e compra de medicamentos). Através de palestras e reuniões periódicas com profissionais, servidores recebem informações e orientações sobre economia doméstica. Dicas sobre o uso de eletrodomésticos, consumo racional de água, energia, telefone. “São medidas simples, que passam despercebidas, comentou o Secretário de Administração, como por exemplo fechar a torneira enquanto se escova os dentes, banhos mais curtos, mangueiras abertas enquanto lava calçada, etc.. Houve mudança na cobrança de telefone, antes cobrado por pulso, hoje, por minutos é muito mais caro”. Estas reuniões estão sendo ministradas pela assistente Margarida Franco Esmael, e programadas de acordo com a solicitação de cada departamento. Desde a implantação do projeto piloto no início de novembro, o Programa de Orientação Econômica atendeu cerca de 100 pessoas de várias secretárias. A repercussão tem sido positiva, comentou Furucho. “O programa sugere que as orientações sejam divididas com a família e em razão disso, um aluno filho de funcionário, comentou na escola e a Semad apresentou o programa na Escola Estadual Professor Alfredo Cardoso para cerca de 80 alunos”.